Corpo de desaparecido encontrado pela polícia
O corpo foi localizado próximo à estrada que dá acesso à Ponte de Ferro, numa propriedade particular. O carro de Pedro, um gol, vermelho, ainda está desaparecido.
Irmãos e primos de Pedro que se encontravam no local, revoltados, disseram confiar de que brevemente a polícia descobriria os autores do bárbaro crime.
Segundo o perito criminal, Juan Melo, pelo estado de decomposição em que o corpo se encontrava, a morte havia ocorrido há pelo menos três ou quatro dias. A delegada Ana Paula de Faria Campos era quem estava à frente das investigações do desaparecimento de Pedro. Mas, a partir de agora as investigações estão por conta do delegado João Bosco, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Um dos irmãos da vítima, o policial aposentado Custódio Juvenal, disse ontem à reportagem, por telefone, antes do corpo ter sido encontrado, de que não tinha dúvidas de que se tratava de um seqüestro. Custódio, que registrou boletim de ocorrência na DHPP, na terça-feira (14), pretendia ainda ontem pedir apoio da Gerência de Repressão a Seqüestros e Investigações Especiais da Polícia Civil.
“Trata-se um seqüestro e acho que esse pessoal estava tentando sacar dinheiro no banco. Eles estão com o celular do meu irmão e já começaram a ligar na casa de minha mãe. Pelo bina (aparelho que registra ligações recebidas) vemos que é o celular. A gente liga, mas eles ficam mudos”, revelou Custódio.
Fuga
O porteiro do prédio onde Juvenal mora, no bairro Bosque da Saúde, foi a última pessoa a vê-lo saindo por volta das 21h30 do domingo, no Gol Ouro 2000, placa JZK-8538, cor vermelha, quatro portas. Ele estava de bermuda, camiseta e chinelo e estaria indo fazer compras em um supermercado.
O carro, com motorista e um passageiro, foi visto por volta das 8h de ontem próximos às agências do Bradesco e HSBC na avenida XV de Novembro, por um genro de Custódio, que o avisou imediatamente. A PM foi acionada, inclusive o helicóptero Águia Uno, mas o carro não foi localizado.
“Peguei minha moto e após chamar a guarnição fui para o local e passei a procurar. Me deparei com carro próximo à ponte Sérgio Motta, mas não sei como acabei perdendo-o de vista”, lamentou Custódio.
A Justiça Federal enviou nota à imprensa ontem pedindo apoio na divulgação do fato que pode contribuir para localização do funcionário. A diretoria administrativa do órgão está dando apoio à família. Como Juvenal não estava em serviço, seu desaparecimento será investigado pela Polícia Civil. Caso contrário, a Polícia Federal entraria no caso.
“Se alguém seqüestrou meu irmão, que entregue ele. Minha mãe não se alimenta mais, a família está toda abalada. Estamos desesperados. Se alguém vir um carro, ou o meu irmão, por favor ligue para a polícia”, pediu a professora professora Gilsete Alves Juvenal, 47, uma das irmãs da vítima, ontem antes do corpo ser encontrado.
A família da vítima havia procurado todos os veículos de comunicação de Cuiabá para divulgar o desaparecimento de Pedro. A polícia não descartou nenhuma hipótese, inclusive a de latrocínio (roubo seguido de morte).
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