Aprovados na UFMT comemoram
Enquanto uns pulavam extremamente eufóricos pela conquista, outros, desolados, não hesitavam em chorar no próprio local do resultado, por não ter conseguido passar no exame. As listas dos cursos estavam dispostas no ginásio de esportes da instituição e foi divulgada às 14 horas. Poucos sabiam da divulgação e apesar da tímida chegada dos concorrentes, conseguiram emocionar os presentes no local.
A vitória era medida por cada um, de acordo com o grau de esforço e sofrimento pela conquista, como relatou o jovem Gustavo de Souza e Silva, de 18 anos, que prestou vestibular pela segunda vez e foi aprovado para o curso de veterinária. “É muito difícil, é uma conquista e tanta. Estudei muito, suei muito, sem contar que não agüentava mais fazer cursinho”, destacou.
Os concorrentes, principalmente os que não foram aprovados, não quiseram se manifestar. No entanto, a tristeza era evidente.
Juliana Lannes Andrade, de 19 anos, aprovada para o curso de direito, já havia prestado vestibular duas vezes, sem êxito, para o curso de medicina e frisou não agüentar mais fazer cursinhos preparatórios. “Às vezes percebemos que também podemos nos dar bem, fazendo outras coisas”, observou.
De acordo com a coordenadora da Coordenação de Exames vestibulares (CEV), Valéria Calmon Cerisara, a instituição sempre trabalha com um tempo de margem para imprevistos, por isso nunca é descartada a hipótese de antecipar a divulgação como ocorreu ontem.
Outra novidade apresentada por Valéria, no último Concurso Vestibular, foi quanto à avaliação da prova discursiva, feita pela professora Marlene Rodrigues da Silva, professora de Língua Portuguesa do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet-MT). Um relatório, onde há destaques de pesquisas nacionais, foi apresentado pela CEV sobre as deficiências do Ensino Público.
Diante de tal evidência, onde a deficiência estaria principalmente relacionada à falta de leitura, como sendo um dos principais responsáveis pelo caótico estado do Ensino, a UFMT, teria demonstrado o compromisso social de incluir, a partir do último Exame, questões discursivas de leitura. Conforme o relatório, a expectativa é de “debelar a crise que afeta o ensino nos mais diferentes níveis através de uma possível interferência na sua base. Ou seja, causar reflexo nas práticas de leitura desenvolvidas no ensino fundamental e ensino médio e conseqüentes mudanças”.
Trechos de algumas redações foram selecionados pela professora Marlene e citados no relatório. Mais informações, segundo Valéria, estarão disponíveis no site da UFMT: www.ufmt.br, para que as escolas possam ter como base para reavaliação da metodologia de ensino.
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