Exportações vão passar US$ 3 bi

O ano de 2004 ficará marcado para as exportações estaduais. As projeções de fechar os doze meses acima dos US$ 3 bilhões estão praticamente confirmadas, o acumulado de janeiro a novembro totaliza vendas de US$ 2,9 bilhões, cifras 46% acima do volume do mesmo período do ano passado. Atingindo a meta, as vendas externas deste ano estarão cerca de 47% acima dos US$ 2,1 contabilizados em 2003.

Durante todos os meses deste ano, as exportações não somaram menos que US$ 100 milhões, o menor volume foi registrado em janeiro - já esperado por ser um período de entressafra no Estado - com vendas de US$ 127 milhões e pico em agosto, quando volume atingiu US$ 311 milhões.

"Tirando como base o comportamento das vendas mato-grossenses nos último onze meses, podemos acreditar que as cifras dos US$ 3 bilhões estão praticamente confirmadas", explica o coordenador do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), Gavur Kirst. Como exemplo, em dezembro do ano passado as exportações somaram US$ 204,7 milhões.

Outros números positivos, alicerçados sob o bom desempenho do complexo soja, das carnes e do algodão, está a manutenção de um crescimento acima de 40% na comparação mês a mês entre 2004 e 2003.

Os percentuais positivos garantiram ainda a condição superavitária da balança comercial mato-grossense, que em relação ao acumulado janeiro-novembro 2003 e 2004, cresceu 45,8% e soma US$ 2,5 bilhões. Somente estas cifras ultrapassam todo volume de vendas do ano passado e muito acima de anos anteriores.

O volume de importações também está elevado, 53,7% acima do acumulado do mesmo período de 2003. As compras de mato Grosso - maioria de adubos e fertilizantes - totaliza US$ 374 milhões. Segundo Kirst esse percentual é esperado, "pois durante o segundo semestre existe toda uma preparação para a safra nova e isso resulta na importação de algumas matérias-primas, um detalhe é que as compras revelam a intenção de expandir áreas agricultáveis", aponta.

PAUTA - Segundo o coordenador em 2004 houve um incremento de mais de 50% nas relações comerciais com o Pacto Andino - Peru, Equador, Colômbia, Bolívia e Venezuela - com volume total acumulado de US$ 63 milhões, contra US$ 34 milhões do mesmo período de 2003. Kirst destaca que isso se deu em função de missões comerciais e de iniciativas de alguns empresários em promover o seu produto. Para o Peru exportamos muito açúcar e algodão e para Colômbia carnes, em especial aves. Somente esta última teve volume de compra elevado de US$ 3,7 milhões para US$ 10 milhões".

O algodão permanece como o segundo produto mais comercializado e registra no acumulado do ano vendas US$ 231 milhões e incremento de 111,7%, em relação a janeiro-novembro de 2003. "A madeira revelou uma importante conquista neste ano, com a redução das exportações de madeira bruta, significa que estamos conseguindo transformar nosso produto e agregar mais valor a ele". O complexo soja é o carro-cehefe acumula crescimento de 43% e participação de 87% de toda a pauta exportada.