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Internacional
Sexta - 17 de Dezembro de 2004 às 07:17

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A agência de inteligência americana (CIA) instalou uma prisão secreta dentro da base naval de Guantánamo, em Cuba, na qual encarcerou importantes supostos membros da Al-Qaeda, informa hoje o jornal The Washington Post. Esta prisão ficaria em edifícios utilizados pela CIA e tem uma cerca alta em volta, coberta com um plástico verde, segundo o jornal que cita fontes militares e dos serviços secretos.

O conjunto de instalações de um só andar, construído durante o último ano e que consiste em mais de uma dúzia de celas divididas em duas partes, fica na área chamada de Camp Echo, onde o Departamento de Defesa mantém também presos suspeitos destacados e os que estão à espera de julgamentos militares. "As pessoas saem e entram constantemente", disse uma fonte ao jornal referindo-se ao complexo sob vigilância da CIA, que abrigou detidos originários do Paquistão, África Ocidental e Iêmen.

Não está claro se esse centro de detenção secreto ainda está funcionando, assinala o jornal ao indicar que tanto a CIA como o Departamento de Defesa não quiseram fazer comentários a respeito. Na base naval americana de Guantánamo, se calcula que estão reclusas mais de 500 pessoas, entre suspeitos de terrorismo e ligados ao regime Talibã.

A maior parte dos prisioneiros, aos quais tem acesso o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, depois de um ditame de um Tribunal Supremo americano, estão sob a custódia do Departamento de Defesa. No entanto, os detidos sob a custódia da CIA estão submetidos a regras diferentes e em um caráter secreto muito maior, afirma o The Washington Post, que lembra que em virtude de uma diretiva presidencial americana, se permite que a CIA capture e retenha certos suspeitos sem ter que dar conta publicamente nem revelar as normas para seu tratamento.

O jornal afirma que uma das celas em Camp Echo esteve ocupada pelo homem de negócios mauritano Mohamedou Oulad Slahi, que atuou como ligação entre um grupo islâmico radical que vivia em Hamburgo e o líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, segundo a comissão de investigação dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA.




Fonte: Terra

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