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Internacional
Quinta - 16 de Dezembro de 2004 às 19:42

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Ali Hassan al Majid - conhecido como Ali Químico -, um dos maiores colaboradores do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein, será o primeiro dirigente do antigo regime a ser julgado por crimes de guerra, afirmou ontem o ministro da Defesa iraquiano, Hazem Shaalan.

Ali Químico é acusado de comandar uma campanha em que as vítimas teriam sido mortas entre o fim de 1987 e o começo de 1988, quando ocorreram execuções sumárias em larga escala, além do já famoso uso dos gases mostarda e sarin contra a população curda.

O julgamento poderá começar no início da próxima semana, ou “talvez em meados do próximo mês”, afirmou Shaalan, quando questionado pelos jornalistas sobre a data correta do julgamento.

Anteontem o primeiro-ministro iraquiano, Iyad Allawi, afirmou que os julgamentos começariam na próxima semana. O anúncio, aparentemente, pegou o Ministério da Justiça iraquiano e algumas autoridades americanas de surpresa.

Os presos, ao todo 11, incluindo Saddam e seus aliados, estão detidos em uma prisão próxima à capital iraquiana, Bagdá, e não têm acesso a advogados. Além disso, as acusações e provas contra eles ainda estão sendo recolhidas.

Muitas das evidências que poderiam ser usadas nos julgamentos são originárias do s últimos 21 meses de investigação, isto é, desde a queda do regime de Saddam.

Entretanto, a violência tem dificultado o trabalho dos investigadores no país e muitas provas ainda terão que ser melhor analisadas, incluindo a última, em que foram descobertos 500 corpos em uma vala comum na cidade de Sulaimaniya, noroeste do Iraque. EXPLOSÃO

Uma bomba explodiu ontem perto da mesquita do imã (líder religioso muçulmano) Hussein em Karbala, no sul do Iraque, matando sete pessoas e ferindo outras 32, informaram a polícia e fontes médicas.

A explosão ocorreu às 17h30 [12h30 em Brasília] perto do portão oeste da mesquita, segundo o dr. Abdul Abbas al Timimi, diretor do hospital Al Hussein.

Entre os feridos está o xeque Abdul Mahdi al Karbalayee, clérigo que é apontado como próximo do aiatolá Ali al Sistani, o mais influente líder xiita do Iraque.

Fontes médicas disseram que ele foi atingido nas pernas e que estava recebendo tratamento.

Hamed al Khafaf, porta-voz de Al Sistani, disse à rede de TV árabe Al Jazira (Qatar), que a explosão foi uma tentativa de assassinato de Al Karbalayee. Ele disse que inúmeros guarda-costas estavam entre os mortos e feridos.

O ataque ocorreu no primeiro dia de campanha para as primeiras eleições previstas para 30 de janeiro. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque.




Fonte: Diário de Cuiabá

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