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Economia
Quinta - 16 de Dezembro de 2004 às 18:40
Por: Lu aiko Otta

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Belo Horizonte - Os ministros das Relações Exteriores do Paraguai e do Uruguai fizeram ressalvas à proposta argentina de adoção de salvaguardas, no encerramento da reunião do Conselho do Mercosul, em Belo Horizonte. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, Luiz Fernando Furlan, também manifestou que o País é contra a adoção de salvaguardas.

O secretário de Relações Internacionais da Argentina, Alfredo Chiaradia, garantiu que a proposta do seu país não é protecionista. "Na verdade, a Argentina é uma fervorosa defensora do Mercosul, porque essa é a sua ferramenta de proteção internacional". Segundo ele, as salvaguardas serão transitórias são necessárias para garantir o avanço na integração regional.

Para a ministra do Paraguai, Leila Rachid, a adoção de salvaguardas poderia trazer insegurança jurídica e impacto nos investimentos das empresas. Na avaliação dela, as salvaguardas colocariam em dúvida o processo de integração do bloco.

Já o chanceler do Uruguai, Didier Opperti, disse que as salvaguardas existiram no início da história do Mercosul e foram eliminadas de maneira prematura. No entanto, ele reconhece que elas atrapalham o acesso aos mercados, que é o principal propósito da união aduneira. "Mas acho que os problemas que cada um dos sócios pleiteia deve ser examinado sem preconceitos", afirmou.

Dos quatro membros do Mercosul, apenas a Argentina não estava representada na entrevista coletiva após a reunião do Conselho. O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Rafael Bielsa, participou apenas da reunião. Chiaradia disse que há muitos outros compromissos que poderiam demandar a presença de Bielsa e justificar a sua ausência, mas não disse quais.




Fonte: Agência Estado

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