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Soja cresce 5% e algodão reduz em MT
Por mais uma safra Mato Grosso garante o título de maior produtor nacional de soja. Mesmo com todos os problemas enfrentados pelos sojicultores mato-grossenses em função da estabilização dos preços internacionais da oleaginosa e da elevação dos custos (dobradinha que afeta outras commodities), a produção aumenta 5%, em relação à safra 03/04, e é a maior evolução nacional, de acordo com os números do segundo levantamento de intenção de plantio, divulgado ontem, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Com estes números, a safra 04/05 da oleaginosa passa a ocupar 5,4 milhões de hectares (ha), contra 5,1 milhões/ha do ciclo anterior. A produtividade aumenta 2,9%, atingindo 3 mil quilos/ha e a produção, registra crescimento de 8,1%, com 16,2 milhões de toneladas (t). Na safra passada, de acordo com a Conab, foram colhidas em Mato Grosso, 15 milhões/t.
Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e secretário de Desenvolvimento Rural, Homero Pereira, os dados da Conab se aproximam muito daquilo que estava previsto com relação à soja para Mato Grosso, em função de todas as dificuldades que afetam a safra 04/05.
Se por um lado a estimativa com relação à sojicultura mato-grossense é confirmada pelo setor produtivo, o mesmo não acontece com relação a orizicultura.
Para Mato Grosso a Conab aponta um aumento de 4% na área plantada, de 644,8 mil/ha para 670 mil/ha e uma produção de 1,9 milhões/t contra 1,8 milhões/t da safra 03/04. O presidente da Associação dos Produtores de Arroz de Mato Grosso (Apa/MT), Ângelo Maronezzi, contesta esta previsão elevada e segundo ele, só contribuiu ainda mais para baixar mais os preços do cereal. "Em Mato Grosso, por todos os problemas gerais da agricultura e por aqueles específicos de cada cultura, o arroz terá um incremento de área de no máximo 20 mil/ha, totalizando 600 mil/ha e 1,5 milhões/t. A Apa considera esta estimativa absurda", avalia. No Estado o plantio segue até 10 de janeiro e atualmente cerca de 80% da área está plantada. O presidente disse que até 15 de janeiro deverá fechar um levantamento da área total cultivada. "Aí sim teremos um documento fiel sobre a safra em Mato Grosso. A Conab fez este levantamento, sem ouvir a Associação e produtores, o nosso, entrevista pessoas envolvidas em todas as etapas da cadeia produtiva do arroz", protesta.
Maronezzi frisa ainda que o governo Federal divulga estes resultados em momento muito ruim, e que com as estimativas supervalorizadas de crescimento, "estes excessos anunciados só contribuem para o achatamento dos preços. Hoje, por exemplo, o governo deveria se preocupar em combater a entrada de arroz da Argentina, Paraguai e Suriname, pois além de desfavorecer a cultura, ainda promove a queda dos preços, que em Mato Grosso já reduziu cerca 70% do início de 2004 até agora. Na Argentina, por exemplo, o custo de produção baixo, permite que sejam mais competitivos, lá o litro do Round Up (agroquímico) é de US$ 2,5, enquanto que no Brasil, o mesmo produto custa US$ 5", sentencia.
Com a lucratividade indo pelo ralo, como define Maronezzi, "pela falta de medidas internas do Governo (Federal) para proteger sua produção, a cultura vai ficando desestimulada e se hoje, com mais de 12,3 milhões/t, o suficiente para abastecer o mercado interno, vemos arroz ser importado pelo Norte e Sul do País e a saca estadual despencar de R$ 36 para R$ 20, uma redução de cerca de 70%", desabafa.
Com estes números, a safra 04/05 da oleaginosa passa a ocupar 5,4 milhões de hectares (ha), contra 5,1 milhões/ha do ciclo anterior. A produtividade aumenta 2,9%, atingindo 3 mil quilos/ha e a produção, registra crescimento de 8,1%, com 16,2 milhões de toneladas (t). Na safra passada, de acordo com a Conab, foram colhidas em Mato Grosso, 15 milhões/t.
Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e secretário de Desenvolvimento Rural, Homero Pereira, os dados da Conab se aproximam muito daquilo que estava previsto com relação à soja para Mato Grosso, em função de todas as dificuldades que afetam a safra 04/05.
Se por um lado a estimativa com relação à sojicultura mato-grossense é confirmada pelo setor produtivo, o mesmo não acontece com relação a orizicultura.
Para Mato Grosso a Conab aponta um aumento de 4% na área plantada, de 644,8 mil/ha para 670 mil/ha e uma produção de 1,9 milhões/t contra 1,8 milhões/t da safra 03/04. O presidente da Associação dos Produtores de Arroz de Mato Grosso (Apa/MT), Ângelo Maronezzi, contesta esta previsão elevada e segundo ele, só contribuiu ainda mais para baixar mais os preços do cereal. "Em Mato Grosso, por todos os problemas gerais da agricultura e por aqueles específicos de cada cultura, o arroz terá um incremento de área de no máximo 20 mil/ha, totalizando 600 mil/ha e 1,5 milhões/t. A Apa considera esta estimativa absurda", avalia. No Estado o plantio segue até 10 de janeiro e atualmente cerca de 80% da área está plantada. O presidente disse que até 15 de janeiro deverá fechar um levantamento da área total cultivada. "Aí sim teremos um documento fiel sobre a safra em Mato Grosso. A Conab fez este levantamento, sem ouvir a Associação e produtores, o nosso, entrevista pessoas envolvidas em todas as etapas da cadeia produtiva do arroz", protesta.
Maronezzi frisa ainda que o governo Federal divulga estes resultados em momento muito ruim, e que com as estimativas supervalorizadas de crescimento, "estes excessos anunciados só contribuem para o achatamento dos preços. Hoje, por exemplo, o governo deveria se preocupar em combater a entrada de arroz da Argentina, Paraguai e Suriname, pois além de desfavorecer a cultura, ainda promove a queda dos preços, que em Mato Grosso já reduziu cerca 70% do início de 2004 até agora. Na Argentina, por exemplo, o custo de produção baixo, permite que sejam mais competitivos, lá o litro do Round Up (agroquímico) é de US$ 2,5, enquanto que no Brasil, o mesmo produto custa US$ 5", sentencia.
Com a lucratividade indo pelo ralo, como define Maronezzi, "pela falta de medidas internas do Governo (Federal) para proteger sua produção, a cultura vai ficando desestimulada e se hoje, com mais de 12,3 milhões/t, o suficiente para abastecer o mercado interno, vemos arroz ser importado pelo Norte e Sul do País e a saca estadual despencar de R$ 36 para R$ 20, uma redução de cerca de 70%", desabafa.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/364507/visualizar/
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