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Polícia Brasil
Quarta - 15 de Dezembro de 2004 às 08:04

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O vendedor Cláudio Emílio da Silva, de 30 anos, está preso desde ontem acusado de aplicar golpe na praça usando o nome da Cruz Vermelha e da primeira-dama do Estado Terezinha Maggi.

Ele estaria pedindo doações, principalmente em dinheiro, para seu projeto “Criança é Vida”, que segundo a polícia jamais saiu do papel. Após cerca de 30 dias tentando localizá-lo, policiais da Delegacia de Estelionato da capital o detiveram.

Segundo o delegado Márcio Pieroni, Cláudio se passava por representante da Cruz Vermelha para angariar donativos e dinheiro. "Usava o nome (da Cruz Vermelha) indevidamente porque ele não tem autorização da entidade", explicou o delegado. Pieroni disse que ainda não é possível saber quanto de doação irregular o doador conseguiu em um mês.

Policiais plantonistas acreditam que muita gente deve ter caído no golpe porque foram usados os nomes da primeira-dama e de uma instituição de credibilidade. Para os policiais, muita gente nem questiona e vai fazendo a doação. "Quem vai dizer não para a primeira-dama?", indagou um policial.

O delegado acrescentou que, para dar mais credibilidade ao golpe, Cláudio Emílio alugou uma casa no bairro Coophamil e chegou a montar um consultório odontológico para mostrar às pessoas que tinha interesse em dar assistência às crianças.

"Na frente da casa foi colocado um símbolo da Cruz Vermelha. Quem chegava lá, não desconfiava", completou o delegado. Com o vendedor, foram apreendidos vários documentos, principalmente ofícios em nome da Secretaria de Emprego Trabalho e Cidadania (Setec) e da Cruz Vermelha, em que ele pedia ajuda para sua instituição. Para dar mais credibilidade, chegou a usar um colete da Cruz Vermelha.

Ontem de manhã, os policiais estiveram na imobiliária que alugou a casa para Cláudio Emílio, mas ele tinha trocado as chaves, ficando os policiais de verificar o que tinha por lá.

A representante da Cruz Vermelha em Mato Grosso, professora Vera Zago, explicou ao delegado que Cláudio Emílio trabalhou como voluntário, mas não tem autorização para pedir ajuda em nome da instituição.

"Descobrimos o golpe porque uma voluntária da Cruz Vermelha flagrou o Cláudio pedindo doações. Então tentamos localizá-lo e somente hoje (ontem) é que o localizamos", explicou o delegado.




Fonte: Diário de Cuiabá

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