Pacientes irritam-se por não terem recebido o aviso antes

Não havia tumulto ontem de manhã nos serviços de urgência e de emergência das policlínicas. No entanto, a população estava indignada com a suspensão do atendimento para consulta e exames (ambulatorial). Vacinas também não estavam sendo aplicadas.

A funcionária pública Vanuza Maria da Costa, 36, estava preocupada com o fato de não poder vacinar seu filho de quatro meses contra a poliomielite. "No cartão de vacinação consta a data de hoje, mas mandaram eu voltar em janeiro".

Cláudia Trindade Rocha também levou o bebê de 8 meses. "É a primeira vacina da criança. Preciso imunizá-lo o mais rápido possível, mas vou ter que voltar em janeiro", lamenta Cláudia.

O que ocorre é que a população foi pega de surpresa com o anúncio do secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Soares. "Ninguém avisou a gente. Na quinta-feira passada marquei consulta para meu marido e, chego hoje aqui e não posso fazer nada", protesta a dona de casa, Elieci de Souza, 33.

Além de consulta, exame e vacinação, também foram suspensos até o dia 2 de janeiro de 2005 alguns tratamentos. A idosa Idarcy Martins Cáceres, 65, passou por uma cirurgia no joelho há 20 dias e precisa de sessões de fisioterapia. Foi hoje à policlínica e foi informada de que terá que retornar no dia 2 de janeiro.(FB)