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Déficit habitacional reduz 3,83% em Cuiabá
O déficit habitacional de Mato Grosso reduziu 3,83% em quatro anos, saindo de 92 mil unidades em 1996 para 88,6 mil em 2000. Os dados estão no livro que está sendo lançado pelo Ministério das Cidades, onde constam números da falta de moradia no Brasil, tendo como base o Censo de 2000. A pesquisa, feita em parceria do Ministério das Cidades com a Fundação João Pinheiro, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), tem como objetivo retratar a realidade do setor no país.
A pesquisa mostra, individualmente, as cidades que têm em sua área urbana mais de 20 mil habitantes, o que em Mato Grosso totalizaram 16 municípios. O restante teve os números somados. Até o ano passado, quando se falava em déficit habitacional, o único dado oficial disponível era de 1996, que apontava a necessidade da construção de 92 mil casas para o Estado - dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números de agora, baseados no Censo de 2000, apontam para 88.655 unidades, sendo 57.061 na zona urbana e 31.594 na rural.
Em Cuiabá, o déficit é de 15.790. Além da Capital, nas duas maiores cidades do Estado, Várzea Grande e Rondonópolis, o déficit verificado pelo Ministério é de 6,3 mil e 4.688 casas, respectivamente. Mas proporcionalmente, o maior déficit verificado em cidades com mais de 20 mil habitantes foi em Peixoto de Azevedo. Lá, a necessidade de construção de novas habitações é igual a 21,33% do total de domicílios existentes. Em Cuiabá o déficit é de 12,44% do total de domicílios, em Várzea Grande 11,44% e em Rondonópolis, 11,50%.
O déficit habitacional mostrado na pesquisa é a soma da coabitação familiar (famílias que moram juntas em um mesmo domicílio), dos domicílios improvisados (locais não-residenciais que servem de moradia) e dos rústicos (não apresentam paredes de alvenaria ou madeira aparelhada, resultando em desconforto e risco de contaminação por doença).
Para o vice-presidente da área imobiliária do Sindicato da Indústria da Construção de Mato Grosso (Sinduscon), Alexandre Dores Fabian, os números de déficit habitacional nunca devem ser tomados como absolutos, justamente pelas várias situações que eles englobam. Ou seja, um déficit de 88 mil moradias não significa exatamente que 88 mil pessoas estão na rua. Todavia, ele analisa que a queda do déficit habitacional básico de 1996 para 2000 pode ser avaliada pelo ponto de vista do crescimento econômico do Estado.
"Mato Grosso cresceu muito economicamente nos últimos anos, principalmente por conta do agronegócio e isso trouxe como consequência um aumento da renda per capita no Estado. Assim, mesmo sem investimento do governo na área, o problema com habitação diminuiu porque as pessoas estão construindo suas próprias casas", pondera Fabian. Ele lembra que somente no governo Jaime Campos (1991/94) foi feito um grande programa de habitação, depois disso, somente no atual governo está sendo retomada uma política para a área.
Fabian destaca ainda, que no caso de Cuiabá e Várzea Grande, especificamente, o gerenciamento urbano é deficitário. Conforme ele, quando há uma gestão urbana adequada, com redução do custo cidade, sobram recursos para se investir em loteamentos, com infra-estrutura, onde as pessoas podem construir por si só as casas. "A próxima gestão vai ter que se preocupar com isso", diz.
A pesquisa mostra, individualmente, as cidades que têm em sua área urbana mais de 20 mil habitantes, o que em Mato Grosso totalizaram 16 municípios. O restante teve os números somados. Até o ano passado, quando se falava em déficit habitacional, o único dado oficial disponível era de 1996, que apontava a necessidade da construção de 92 mil casas para o Estado - dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números de agora, baseados no Censo de 2000, apontam para 88.655 unidades, sendo 57.061 na zona urbana e 31.594 na rural.
Em Cuiabá, o déficit é de 15.790. Além da Capital, nas duas maiores cidades do Estado, Várzea Grande e Rondonópolis, o déficit verificado pelo Ministério é de 6,3 mil e 4.688 casas, respectivamente. Mas proporcionalmente, o maior déficit verificado em cidades com mais de 20 mil habitantes foi em Peixoto de Azevedo. Lá, a necessidade de construção de novas habitações é igual a 21,33% do total de domicílios existentes. Em Cuiabá o déficit é de 12,44% do total de domicílios, em Várzea Grande 11,44% e em Rondonópolis, 11,50%.
O déficit habitacional mostrado na pesquisa é a soma da coabitação familiar (famílias que moram juntas em um mesmo domicílio), dos domicílios improvisados (locais não-residenciais que servem de moradia) e dos rústicos (não apresentam paredes de alvenaria ou madeira aparelhada, resultando em desconforto e risco de contaminação por doença).
Para o vice-presidente da área imobiliária do Sindicato da Indústria da Construção de Mato Grosso (Sinduscon), Alexandre Dores Fabian, os números de déficit habitacional nunca devem ser tomados como absolutos, justamente pelas várias situações que eles englobam. Ou seja, um déficit de 88 mil moradias não significa exatamente que 88 mil pessoas estão na rua. Todavia, ele analisa que a queda do déficit habitacional básico de 1996 para 2000 pode ser avaliada pelo ponto de vista do crescimento econômico do Estado.
"Mato Grosso cresceu muito economicamente nos últimos anos, principalmente por conta do agronegócio e isso trouxe como consequência um aumento da renda per capita no Estado. Assim, mesmo sem investimento do governo na área, o problema com habitação diminuiu porque as pessoas estão construindo suas próprias casas", pondera Fabian. Ele lembra que somente no governo Jaime Campos (1991/94) foi feito um grande programa de habitação, depois disso, somente no atual governo está sendo retomada uma política para a área.
Fabian destaca ainda, que no caso de Cuiabá e Várzea Grande, especificamente, o gerenciamento urbano é deficitário. Conforme ele, quando há uma gestão urbana adequada, com redução do custo cidade, sobram recursos para se investir em loteamentos, com infra-estrutura, onde as pessoas podem construir por si só as casas. "A próxima gestão vai ter que se preocupar com isso", diz.
Fonte:
A Gazeta
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/364784/visualizar/
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