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Economia
Terça - 14 de Dezembro de 2004 às 06:20
Por: Paulo Maciel

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São Paulo - A ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff, disse que o leilão de energia elétrica foi um sucesso e considerou justificável a diferença de avaliação feita pelas empresas participantes. "Acho que se subestimou a sobra de energia e também que havia uma aversão dos geradores públicos e privados a ficarem descontratados (sem contratos de venda de energia). Eles preferiram se assegurar de que estavam dando um lance em um preço que garantiria que teriam contrato", analisou a ministra durante entrevista ao programa Roda Viva, da "TV Cultura".

Dilma garantiu que os preços de energia alcançados no último leilão são os ideais para remunerar os produtores sem prejudicar os consumidores de energia. "Por que eu considero que o leilão foi um sucesso? Porque nem houve uma explosão tarifária, nem houve uma depreciação da energia", avaliou a ministra. Ela lembrou que a energia manteve-se em um patamar ascendente, apontando para um valor maior em 2008 e 2009. "E, ao mesmo tempo, assegurando uma tarifa mais adequada para os consumidores", ressalvou.

A previsão da ministra é de que o próximo leilão de energia, para 2008 e 2009, será realizado no início do próximo ano e deverá seguir a curva de preços alcançados no primeiro leilão. "Eu vou anunciar aqui no programa que nós pretendemos fazer (o leilão) logo depois do carnaval", adiantou. No entanto, Dilma não quis adiantar qual é a expectativa de preços, para não induzir a formação deles. "Se você aplicar qualquer taxa na curva, vai se chegar a patamares de R$ 85 a R$ 95, o que obviamente depende da quantidade que vai ser ofertada", ressalvou. "Nós achamos que será um preço nessa curva."

Dilma Rousseff finalizou a entrevista lembrando que um dos grandes méritos do leilão foi o de ter desmontado uma "bomba-relógio": a necessidade de expansão e a explosão tarifária. "O governo anterior sinalizava aumento de 30% na tarifa real", acusou a ministra. Ele lembrou que a equipe anterior tinha, inclusive, imaginado um processo pelo qual haveria uma venda de determinados empreendimentos para que se criasse um subsídio tarifário. "Nós achamos que é possível ter tarifas que sinalizem a expansão. E eu não posso inventar: havia sobras de energia."




Fonte: Agência Estado

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