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Nacional
Terça - 14 de Dezembro de 2004 às 06:13
Por: Eugênia Lopes

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Brasília - O presidente do Senado, José Sarney (AP), abandonou seu lado conciliador nesta segunda-feira e atacou o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), segundo ele, o responsável maior pelo racha do partido. Temer comandou as forças de oposição ao governo que no domingo fizeram uma convenção e decidiram pelo rompimento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"A maior culpa de todos é do presidente do PMDB", disse Sarney, sem nenhum comedimento. "Um presidente de partido tem por obrigação manter o partido unido. Ele (Temer) não agiu como presidente do partido, mas de uma maneira muito facciosa". Para Sarney, Temer estimulou a divisão do PMDB.

Sarney qualificou a decisão de "ilegal". Disse ainda que do ponto de vista jurídico, a convenção realizada no domingo pela ala oposicionista foi "inteiramente ilegal". Os governistas insistem com recursos na Justiça, para que a convenção seja considerada definitivamente ilegal.

O senador classificou a convenção como um "fracasso" e lembrou que, para ela ser realizada, 80 suplentes foram convocados para votar. Dos 396 votos registrados na convenção, 386 foram favoráveis ao rompimento com o governo e à entrega dos cargos hoje ocupados pelos peemedebistas - dois ministérios, duas estatais e mais de 100 diretorias em todos os Estados.

Sarney disse também que, na sua opinião, as bancadas de deputados e de senadores devem manter a decisão de ajudar o País, ajudando o presidente Lula. Em 2002, Sarney apoiou a candidatura de Lula desde o primeiro turno.




Fonte: Agência Estado

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