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Brasil reage e ameaça retaliar a Argentina
Brasília - O governo reagiu duramente nesta segunda-feira às ameaças da Argentina de aplicar novas restrições contra as importações de produtos brasileiros e de legalizar as salvaguardas comerciais dentro do Mercosul. Mesmo sob o risco de o tema azedar a Reunião de Cúpula do bloco, em Ouro Preto, o secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex), Mário Mugnaini, declarou que o Brasil poderá adotar barreiras similares às crescentes importações de trigo, arroz, vinho de mesa, alho e cebola da Argentina.
"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve no Sul e ouviu as reclamações dos produtores contra o aumento das importações de produtos argentinos", afirmou Mugnaini, referindo-se à viagem do presidente ao Rio Grande do Sul no início do mês. "Se eles (o governo e os setores privados argentinos) têm problemas (com o ingresso de produtos brasileiros), nós também temos. Não introduzimos ainda o assunto nas conversas bilaterais. Mas, se eles insistirem, também podemos adotar medidas equivalentes para esses produtos iniciais".
A decisão da Camex sobre as salvaguardas se deu logo depois da apresentação do relato das discussões entre negociadores brasileiros e argentinos travadas na sexta-feira, em Buenos Aires. Ao final do encontro, ambos os lados decidiram prosseguir com as conversas ao longo de dezembro, para que o tema seja definido apenas em janeiro. No encontro de sexta-feira, os negociadores também haviam chegado a um consenso de que o tema não seria tratado na reunião de Ouro Preto, como forma de não contaminar o encontro, que marcará os dez anos de Mercosul, com as desavenças entre os dois principais sócios do bloco.
Rechaçada pelo próprio presidente Lula, a proposta argentina prevê a adoção de uma espécie de gatilho, que acionará restrições às importações de produtos brasileiros (as salvaguardas) toda vez que houver descompasso entre as taxas de crescimento da economia dos dois países ou variação cambial e ainda sob qualquer hipótese de aumento inusitado dos desembarques.
Cientes de que teriam de responder negativamente aos negociadores argentinos, os representantes do Brasil apresentaram uma contraproposta, que ainda não obteve o aval de Buenos Aires. Essa alternativa prevê um estudo profundo sobre a estrutura industrial em cada país e o financiamento de obras de infra-estrutura e de exportações de produtos brasileiros com componentes argentinos por meio do BNDES e do Programa de Financiamento das Exportações.
"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve no Sul e ouviu as reclamações dos produtores contra o aumento das importações de produtos argentinos", afirmou Mugnaini, referindo-se à viagem do presidente ao Rio Grande do Sul no início do mês. "Se eles (o governo e os setores privados argentinos) têm problemas (com o ingresso de produtos brasileiros), nós também temos. Não introduzimos ainda o assunto nas conversas bilaterais. Mas, se eles insistirem, também podemos adotar medidas equivalentes para esses produtos iniciais".
A decisão da Camex sobre as salvaguardas se deu logo depois da apresentação do relato das discussões entre negociadores brasileiros e argentinos travadas na sexta-feira, em Buenos Aires. Ao final do encontro, ambos os lados decidiram prosseguir com as conversas ao longo de dezembro, para que o tema seja definido apenas em janeiro. No encontro de sexta-feira, os negociadores também haviam chegado a um consenso de que o tema não seria tratado na reunião de Ouro Preto, como forma de não contaminar o encontro, que marcará os dez anos de Mercosul, com as desavenças entre os dois principais sócios do bloco.
Rechaçada pelo próprio presidente Lula, a proposta argentina prevê a adoção de uma espécie de gatilho, que acionará restrições às importações de produtos brasileiros (as salvaguardas) toda vez que houver descompasso entre as taxas de crescimento da economia dos dois países ou variação cambial e ainda sob qualquer hipótese de aumento inusitado dos desembarques.
Cientes de que teriam de responder negativamente aos negociadores argentinos, os representantes do Brasil apresentaram uma contraproposta, que ainda não obteve o aval de Buenos Aires. Essa alternativa prevê um estudo profundo sobre a estrutura industrial em cada país e o financiamento de obras de infra-estrutura e de exportações de produtos brasileiros com componentes argentinos por meio do BNDES e do Programa de Financiamento das Exportações.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/364833/visualizar/
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