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Nacional
Segunda - 13 de Dezembro de 2004 às 18:36

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O presidente em exercício da Ordem dos Advogados do Brasil, Aristóteles Atheniense, cobrou hoje a averiguação da notícia de queima de documentos relacionados às perseguições e espionagens durante a ditadura militar, que teria ocorrido na Base Aérea de Salvador, conforme divulgado pela Rede Globo neste domingo. "É provável que os envolvidos no episódio da incineração dos documentos procurem negá-lo, assim procedendo com o visível interesse de impedir a reconstituição dos fatos e a identificação dos seus responsáveis", afirmou Aristoteles.

"Se houve a queima noticiada, a iniciativa de quem a promoveu encontrará explicação, principalmente, na gravidade dos acontecimentos relatados. Daí a conveniência em eliminar todo e qualquer resquício que pudesse originar a instauração de sindicância, que viria a apontar a quem interessava a eliminação dessa importante prova", observou o presidente em exercício da OAB. Segundo ele, se nenhuma providência for adotada, a disposição do governo em abrir à sociedade o que se encontra arquivado, não produzirá efeito algum em relação a outros acontecimentos verificados no país durante os chamados anos de chumbo.

Para Aristóteles, é indispensável que as autoridades governamentais que cuidam do problema "dêem ao tema a importância de que se reveste, a fim de que não se perca no tempo, ficando, apenas, nas boas intenções daqueles que prometeram apurá-lo". Ele assinalou que se não forem tomadas as devidas providências em relação ao que ocorreu na Base Aérea de Salvador, as demais investigações estarão fadadas também ao insucesso.




Fonte: JB Online

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