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Internacional
Segunda - 13 de Dezembro de 2004 às 18:08

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O Instituto Internacional de Imprensa criticou nesta segunda-feira a sentença judicial dada a um jornalista da televisão americana que foi condenado a seis meses de prisão domiciliar por ter se negado a revelar quem lhe ser viu de fonte para uma reportagem. Jim Taricani, repórter de investigação, não quis indicar quem lhe entregou um vídeo que o ajudou na apuração dos fatos relacionados a um suposto caso de corrupção.

Para o IPI, rede internacional de meios de comunicação e jornalistas de 120 países, a decisão do juiz do distrito de Rhode Island Ernest C. Torres constitui um ataque à liberdade de imprensa.

Torres argumentou no julgamento que os jornalistas "não deveriam possuir uma autoridade exclusiva, não controlável" e que o caso estava sendo "inchado" pela imprensa.

O fato de a fonte da informação, o advogado Joseph Bevilaqua, revelar posteriormente por iniciativa própria sua identidade não mudou nada a decisão judicial.

Segundo o diretor do IPI, Johann Fritz, "a prisão domiciliar para Taricani não serve à Justiça".

O caso emite "sinais falsos à opinião pública e aos jornalistas", porque estes entenderão que serão presos se não cooperam com a polícia.

Além disso, os potenciais informantes já não poderão confiar nos jornalistas e evitarão um risco tão elevado, acrescentou.

Para Fritz, se trata de um caso entre muitos, que mostra a clara intenção de colocar sob pressão o jornalismo de investigação e que socava o direito da opinião pública de controlar o trabalho de seus representantes eleitos.




Fonte: Agência EFE

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