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Internacional
Segunda - 13 de Dezembro de 2004 às 09:29

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Miami, Flórida - O cubano, naturalizado americano, de 80 anos, Ignacio Siberio, advogado, passou 18 horas agarrado a uma bóia nas águas frias e agitadas do Oceano Atlântico, até ser resgatado domingo pela Guarda Costeira dos Estados Unidos, em frente ao Estreito da Flórida, depois de uma exaustiva busca. Siberio disse que sobreviveu graças à roupa térmica que usava e à experiência de 60 anos de mergulho e pesca submarina. Ele não foi hospitalizado mas se recupera em sua casa de veraneio em Tavernier.

Siberio havia saído sábado, às 11h (hora local), em um bote em direção à sua área favorita de pesca submarina em frente a Tavernier. Por volta das 2h30, viu o bote se distanciando porque não estava ancorado. Ele nadou cerca de 5 quilômetros mas, como não conseguiu alcançar a embarcação, desistiu e agarrou-se a uma bóia, numa área com cerca de 100 metros de profundidade.

Ao anoitecer, a temperatura caiu e o vento norte aumentou, agitando as águas. Siberio, que mergulha quase semanalmente, disse que sua experiência o ajudou a lidar com as correntes marítimas e com o frio, mantendo-se em constante movimento.

Preocupada, a mulher de Siberio procurou o sobrinho deles, Carlos López, que acionou a Guarda Costeira, que começou as buscas com aviões e embarcações. López e um amigo também fizeram o mesmo em um barco. A Guarda Costeira encerrou as buscas por volta das duas da madrugada, enquanto Siberio, perdido no mar, lutava com todas as forças para evitar a hipotermia. Ao amanhecer, começou a nadar tentando alcançar a costa que ficava a mais de 16 quilômetros.

A preocupação de sua família aumentou, quando na manhã de domingo, a Guarda Costeira encontrou a embarcação de Siberio vazia, a 64 quilômetros do local onde ele costumava mergulhar. O sobrinho e o amigo avistaram o cubano às 10h30, a cerca de 10 quilômetros da costa. Eles chamaram a Guarda Costeira que, finalmente, resgatou Siberio. “Você não pode pensar em nenhum segundo que está numa situação desesperadora, porque se pensar aí você está perdido. Mas a sensação de poder morrer a qualquer momento é constante”, afirmou.




Fonte: AP

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