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Nacional
Segunda - 13 de Dezembro de 2004 às 01:20
Por: Eugênia Lopes e Mariana Caetan

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Brasília - O grupo peemedebista aliado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva não reconhecerá o resultado da convenção, nem mesmo após a liminar concedida pelo presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, José Jeronymo Bezerra de Souza, autorizando a realização do encontro.

Segundo o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), um dos principais articuladores dos aliados do presidente Lula, os atos da convenção não têm valor legal, pois ocorreram enquanto perdurou outra liminar, a do desembargador Asbrubal Nascimento, favorável aos governistas.

"A convenção não tem significado jurídico nem político", insistiu Renan. Ele não esclareceu se recorreria da decisão do presidente do tribunal. "Revogar a nossa liminar, agora, seria fazer a convenção começar de novo." E completou: "O que estão tentando fazer é divertir a convenção."

Os governistas passaram boa parte do dia reunidos no gabinete da liderança do PMDB no Senado. Até o ministro das Comunicações, Eunício Oliveira, esteve no Congresso. O presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP), recebeu o grupo em sua casa, após o almoço.

Renan questiona, também, o quórum da convenção. Alega que boa parte dos convencionais são suplentes e, de maneira nenhuma, representa a vontade majoritária do partido. "Temos maioria no diretório, no Senado e na Câmara. Se fôssemos ouvir também os prefeitos eleitos, eles estariam do nosso lado."

Governabilidade

Mesmo diante da divisão, o líder defendeu uma relação "institucional" do Palácio do Planalto com o partido. Em tom duro, ressaltou que o PMDB é fundamental à governabilidade do País.

"Se perder o PMDB, o Planalto vai ter de fazer uma interlocução por cima dos partidos", afirmou Renan. Ainda à espera de mais espaço na reforma ministerial do começo de 2005, Renan declarou que o PMDB tem de fortalecer o seu papel no governo. "Espaço é conseqüência disso."

Assim, o racha veio no pior momento. "No momento em que o governo chama para a coalizão, uma parte do partido diz que quer sair?", questionou o senador Romero Jucá (PMDB-RR).




Fonte: Agência Estado

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