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Cidades/Geral
Sábado - 11 de Dezembro de 2004 às 14:32
Por: Fabiana Batista

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A comunidade indígena de Mato Grosso se reuniu ontem em audiência pública para reivindicar soluções para a educação. A maior parte das escolas indígenas oferecem somente até o ensino fundamental (1 ª a 4 ª série). Faltam condições para contratar professores e qualificação para esses profissionais, além de uma série de entraves que refletem o descumprimento da Constituição Federal que garante educação de qualidade e diferenciada aos povos indígenas.

O procurador Mário Lúcio Avelar, do Ministério Público Federal (MPF), avisou que o Estado será cobrado a tomar medidas concretas. "Isso poderá ser feito por um ajustamento de conduta ou até na Justiça. Os povos indígenas há anos fazem verdadeira romaria para buscar soluções e nada é feito".

A conselheira nacional de Educação Escolar Indígena, Francisca Paresi, reclama que não há reconhecimento do empenho que os povos indígenas tiveram para elaborar políticas e regulamentar a educação diferenciada.

No documento, foram apontados os gargalos da educação indígena. Entre eles, a necessidade urgente de se realizar concurso público para regularizar a situação dos professores interinos, que ficam meses com salário atrasado. A reivindicação também passa pela construção de escolas, formação de professores no magistério para as séries iniciais e também para outros níveis escolares. Um dos mais graves problemas atuais é o de que as escolas indígenas municipais - que são a maioria entre as 170 existentes no Estado -só oferecem ensino de primeira a quarta séries. "Precisamos de educação continuada e de qualidade, mas faltam professores qualificados e condições para que eles possam ingressar na carreira", avalia o presidente da Organização dos Professores Indígenas de Mato Grosso, Lucas Ruriô.




Fonte: A Gazeta

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