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Internacional
Sexta - 10 de Dezembro de 2004 às 06:50
Por: Leônencio nossa

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Cuzco, Peru - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu uma participação mais eficaz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, país castigado por sucessivos conflitos internos. Em discurso na noite de anteontem na 3ª Cúpula de Presidentes Sul-Americanos, Lula também voltou a defender mudanças na estrutura do Conselho de Segurança da instituição. "No Haiti não estamos levando a estabilização na ponta das baionetas. Estamos colaborando para a reconstrução de um país onde tudo está por fazer", afirmou.

"Oferecemos sobretudo um novo paradigma de cooperação para forjar um mundo mais seguro. Para isso, as Nações Unidas e seu Conselho de Segurança devem tornar-se mais representativos e eficazes." No discurso, Lula avaliou que a presença do Brasil no Haiti demonstra o empenho do País em ajudar na busca de soluções de conflitos no mundo. O presidente não comentou a possibilidade, levantada por setores do Exército, da retirada dos 1,2 mil militares brasileiros do Haiti com um possível agravamento da situação na área.

Oficiais brasileiros temem a demora no envio de recursos externos para o país. Eles reclamam também do número considerado baixo de homens mandados pelas Nações Unidas. Diplomatas brasileiros já pediram aos organismos internacionais pressa na ajuda ao Haiti. Quando esteve naquele país para o chamado "amistoso da paz" entre a Seleção Brasileira e a Seleção Haitiana, no dia 18 de agosto, Lula ressaltou que era preciso rapidez no repasse de recursos.

A força de paz das Nações Unidas conta com 6.700 homens no Haiti, a maioria latino-americanos. A Argentina e o Chile também enviaram soldados para garantir a ordem e a segurança no País. Anteontem, Lula exaltou a presença de tropas latino-americanas no Haiti. "Pela primeira vez, os países latino-americanos tomaram a dianteira de estender uma mão aberta ao povo haitiano", afirmou. "A prostração e o sofrimento extremos do Haiti não são obras do acaso, e sim da conjuntura perversa de interesses espúrios e do desinteresse coletivo."

O presidente encerrou o discurso destacando a importância da consolidação do G-20 (grupo que reúne as 20 principais economias do planeta) para o desenvolvimento dos países pobres. Ele disse que as nações em desenvolvimento já se fazem ouvir nas negociações comerciais multilaterais. "O G-20 demonstra que podemos conquistar um espaço de esperança na era da globalização", afirmou.




Fonte: Agência Estado

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