A falta de estrutura foi constatada na vistoria formada por representantes do Conselho Regional de Medicina (CRM), Federação Nacional dos Médicos e o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso. “Nós constatamos várias irregularidades, várias violações dos direitos da pessoa humana. Em relação aos pacientes nas macas, nas cadeiras de rodas”, informou o representante da Federação Nacional dos Médicos, José Roberto Murisset.
De acordo com a Federação Nacional dos Médicos, o relatório feito durante a fiscalização na unidade hospitalar será entregue ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Ministério da Saúde. A entidade também pretende denunciar a situação a órgãos internacionais que defendem os direitos humanos.
Os médicos da rede pública estão em greve há 17 dias. “As condições de trabalho ainda continuam precárias nas policlínicas, nos postos de saúde. Porque falta equipamento, remédios. Falta tudo como a gente vê aqui no Pronto-Socorro”, destacou o diretor Werley da Silva Peres.
A sobrinha de uma paciente do Pronto-Socorro informou que precisou entrar na Justiça para garantir atendimento à tia em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “É o direito do cidadão. [Como é possível] uma idosa de 84 anos não ter direito à saúde?”, indagou Marlene Gonzaga Metelo.
Outro lado
A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde informou que até conseguir vaga nos leitos atende os pacientes em acomodações provisórias. Em relação à ventilação manual da paciente, a assessoria explicou que a substituição de aparelhos com defeito é solicitada imediatamente. Já sobre a lotação, a assessoria disse que isso acontece porque 55% dos pacientes atendidos são do interior e de outros estados.
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