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ONU: fome mata uma criança a cada 5 segundos
O relatório anual da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), divulgado hoje, afirma que uma criança morre de fome a cada cinco segundos. O documento ainda revela que cinco milhões de crianças morrem no mundo todo a cada ano.
A cada ano mais de vinte milhões de crianças nascem abaixo do peso e correm mais perigo de morrer durante a infância. As que sobrevivem freqüentemente têm incapacidades físicas e mentais durante toda a vida. A FAO ainda relata que o número de subnutridos no planeta voltou a aumentar após ter caído nos anos de 1990.
Estima-se que cerca de 815 milhões de pessoas no mundo em desenvolvimento e 28 milhões nos países que integravam o bloco comunista não dispõem de alimentos suficientes para ter uma vida produtiva. Nos países industrializados, há nove milhões de pessoas sem ter o que comer.
Devido à gravidade dos dados, a FAO alerta que o mundo não está conseguindo se aproximar da meta de diminuir pela metade o número de pessoas famintas no planeta até 2015, mas ainda poderá fazê-lo se os esforços forem redobrados.
O documento chama a atenção para o custo indireto da fome na produtividade e sua incidência na perda de receita. Segundo a FAO, se não fosse necessário pagar os custos diretos dos danos produzidos pela fome haveria mais recursos para lutar contra outros problemas sociais. "É uma ironia que os recursos necessários para enfrentar o problema da fome sejam poucos em comparação com os benefícios de investi-los nesta causa. Cada dólar investido na luta contra a fome pode se multiplicar por cinco e até por mais de vinte vezes em benefícios", diz o texto.
A FAO continua a defender que a meta de redução da fome, quase tão distante hoje quanto no dia em que foi fixada, é "tanto atingível quanto custeável", e os esforços necessários para tal seriam relativamente pequenos. Para isso cita o caso de mais de 30 países que tiveram avanços no combate à fome.
Chile, Costa Rica, Cuba, Equador, Uruguai e China são algumas das nações que diminuíram a fome em ao menos um quarto. Na África subsaariana, uma região crítica, o número de pessoas com fome continua a aumentar, mas de forma mais lenta que nos últimos anos. Com o crescimento da população, a proporção de subnutridos caiu de 36% para 33%.
Estima-se que o custo do fim da fome pode ser de US$ 30 bilhões ao ano, pouco mais de um quinto da quantidade comprometida até agora para financiar o Fundo Mundial de Luta contra a Aids, a Tuberculose e a Malária. A instituição recomenda que os países adotem programas em grande escala para promover principalmente a agricultura e o desenvolvimento rural, dos quais dependem os meios de subsistência da maioria das pessoas pobres.
Na primeira Cúpula Mundial de Alimentação, realizada em 1996, decidiu-se que a humanidade deveria agir para aliviar a fome de mais de 815 milhões de pessoas e que em 2015 esse número estivesse reduzido ao máximo de 400 milhões de pessoas. Um total de 185 países assinaram o compromisso, intitulado Declaração de Roma.
A cada ano mais de vinte milhões de crianças nascem abaixo do peso e correm mais perigo de morrer durante a infância. As que sobrevivem freqüentemente têm incapacidades físicas e mentais durante toda a vida. A FAO ainda relata que o número de subnutridos no planeta voltou a aumentar após ter caído nos anos de 1990.
Estima-se que cerca de 815 milhões de pessoas no mundo em desenvolvimento e 28 milhões nos países que integravam o bloco comunista não dispõem de alimentos suficientes para ter uma vida produtiva. Nos países industrializados, há nove milhões de pessoas sem ter o que comer.
Devido à gravidade dos dados, a FAO alerta que o mundo não está conseguindo se aproximar da meta de diminuir pela metade o número de pessoas famintas no planeta até 2015, mas ainda poderá fazê-lo se os esforços forem redobrados.
O documento chama a atenção para o custo indireto da fome na produtividade e sua incidência na perda de receita. Segundo a FAO, se não fosse necessário pagar os custos diretos dos danos produzidos pela fome haveria mais recursos para lutar contra outros problemas sociais. "É uma ironia que os recursos necessários para enfrentar o problema da fome sejam poucos em comparação com os benefícios de investi-los nesta causa. Cada dólar investido na luta contra a fome pode se multiplicar por cinco e até por mais de vinte vezes em benefícios", diz o texto.
A FAO continua a defender que a meta de redução da fome, quase tão distante hoje quanto no dia em que foi fixada, é "tanto atingível quanto custeável", e os esforços necessários para tal seriam relativamente pequenos. Para isso cita o caso de mais de 30 países que tiveram avanços no combate à fome.
Chile, Costa Rica, Cuba, Equador, Uruguai e China são algumas das nações que diminuíram a fome em ao menos um quarto. Na África subsaariana, uma região crítica, o número de pessoas com fome continua a aumentar, mas de forma mais lenta que nos últimos anos. Com o crescimento da população, a proporção de subnutridos caiu de 36% para 33%.
Estima-se que o custo do fim da fome pode ser de US$ 30 bilhões ao ano, pouco mais de um quinto da quantidade comprometida até agora para financiar o Fundo Mundial de Luta contra a Aids, a Tuberculose e a Malária. A instituição recomenda que os países adotem programas em grande escala para promover principalmente a agricultura e o desenvolvimento rural, dos quais dependem os meios de subsistência da maioria das pessoas pobres.
Na primeira Cúpula Mundial de Alimentação, realizada em 1996, decidiu-se que a humanidade deveria agir para aliviar a fome de mais de 815 milhões de pessoas e que em 2015 esse número estivesse reduzido ao máximo de 400 milhões de pessoas. Um total de 185 países assinaram o compromisso, intitulado Declaração de Roma.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/365525/visualizar/
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