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Educação/Vestibular
Quarta - 08 de Dezembro de 2004 às 15:18

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Apesar de uma leve melhora em relação à avaliação anterior, o rendimento dos estudantes brasileiros no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa-2003) deixou o país mais uma vez entre os últimos colocados num ranking internacional de matemática, leitura e ciências.

Numa lista de 40 países, 29 deles pertencentes à Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil ficou em último lugar no aprendizado de matemática (atrás de Tunísia, Indonésia, México e Uruguai); em 39 em ciência; e em 37 em leitura. No Pisa 2000, a ênfase da prova foi em leitura e o Brasil ficou em último lugar entre 31 países, nessa avaliação.

Foram avaliados, ao todo, 250 mil alunos de 15 anos, independentemente da série em que estavam matriculados. A amostra brasileira, de 4.452 estudantes das redes pública e privada, alcançou nota média de 356 pontos em matemática, a mais baixa dos 40 países, numa escala de zero a 800. Em primeiro lugar ficou Hong Kong, com 550 pontos, seguido pela Finlândia e a Coréia do Sul.

O rendimento brasileiro foi tão baixo que não pôde sequer ser classificado num dos seis níveis de desempenho da prova. Para ficar no nível 1, o mais baixo, era preciso atingir nota média de 358 pontos, dois a mais do que o Brasil conseguiu. Nesse nível, os estudantes são capazes de desempenhar ações óbvias e seguir as informações do problema proposto.

— Somos dos países que mais melhoraram, mas como nossa situação era muito ruim, continuamos numa posição desfavorável. O problema da educação no Brasil é estrutural. Não temos nem a desculpa da pobreza, pois países mais pobres têm rendimento melhor. Precisamos de um choque de qualidade. Os métodos clássicos não bastam para resolver o problema nem a médio prazo — disse o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Eliezer Pacheco.

O Inep, órgão do MEC, é responsável pela aplicação do Pisa, teste organizado pela OCDE a cada três anos.

O Brasil participou do exame pela primeira vez em 2000. Naquele ano, foram avaliadas apenas duas habilidades de matemática, contra quatro em 2003. Portanto, não é possível comparar as médias gerais em matemática nas duas edições da prova. Mas, no caso das duas habilidades avaliadas em ambos os testes, o resultado brasileiro melhorou: de 300 para 350 pontos em geometria e de 252 para 333 pontos na capacidade de quantificar dados. Apesar do avanço, o resultado mantém o país abaixo do nível 1 nas duas competências.

Ainda que tenha a média geral mais baixa em matemática, o Brasil está tecnicamente empatado com a Tunísia e a Indonésia. Isso porque o Pisa é um teste feito por amostragem e, a exemplo das pesquisas eleitorais, têm margem de erro.

Em leitura, a média brasileira foi de 403 pontos, acima dos 396 obtidos no Pisa 2000, o que coloca o Brasil no nível um. A Finlândia ficou em primeiro lugar em leitura. No Pisa 2003, os estudantes brasileiros melhoraram seu desempenho em ciências.




Fonte: 24 Horas News

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