Repórter News - reporternews.com.br
Percentual de 9,5% supera crescimento chinês
Com incremento de 9,5% no Produto Interno Bruto (PIB), em 2002, Mato Grosso ganha destaque nacional e internacional conquistando a maior taxa de crescimento do Brasil. Em 2002, o Estado contabiliza PIB de R$ 17,8 bilhões, contra R$ 14,4 do ano anterior. Os dados foram apresentados ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan), durante coletiva que mostrou os resultados das Contas Regionais.
A maior taxa de crescimento do País, registrada em Mato Grosso, está mais uma vez alicerçada na agricultura, tendo a soja como principal produto, que neste ano de referência para o levantamento obteve aumento de produção de 23%.
Para o secretário Extraordinário de Projetos Estratégicos, Cloves Vettorato, o título não surpreende e está acima do que a China vem registrando ano a ano. "Temos outros índices que revelam o desenvolvimento estadual que além de antecipar este percentual de 9,5%, ratificam que a evolução positiva se manterá por muitos anos", opina.
Vettorato conta que um outro indicador da velocidade de expansão de Mato Grosso é o aumento no consumo de energia das categorias industrial, rural e comercial, que de 2002 a 2004, cresceu 24%. "Este indicativo é o melhor termômetro para se medir o desenvolvimento de uma região, porque revela aumento da capacidade produtiva e geração de emprego renda. Uma prova do valor disso que estou falando é outro título estadual, o maior gerador de empregos, que de 2003 para 2004, contabilizou 60 mil vagas, com carteiras assinadas", assevera.
O secretário completa ainda, que sendo o PIB, o melhor indicador de riqueza, o crescimento do comércio neste ano, em 23%, certifica que está havendo geração de renda.
Com relação ao cenário ruim para as commodities, Vettorato frisa que ainda assim, o Estado estará em ascensão. "Se a crise no campo se confirmar, vai ser ruim para Mato Grosso e para o Brasil. Vai haver um arrefecimento em toda a economia, mas o nosso Estado continuará crescendo, mesmo que em um ritmo menor, afinal, estamos muito acima da média nacional", analisa.
BARGANHA - O Secretário de Desenvolvimento Rural e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Homero Pereira, também vê este percentual com bastante naturalidade. "Nossa base é agrícola e temos fronteira para expandir. Por mais que o ritmo de crescimento caia, em função do cenário internacional das commodities, vamos estar sempre liderando e isso nos dá destaque dentro do próprio País e no mundo", aponta. Ele assevera ainda que este crescimento é estimado para os próximos 15 anos a 20 anos. "Temos ainda muito que avançar".
Pereira frisa que este título dá para o setor produtivo estadual mais argumentos na hora de barganhar recursos, principalmente para o custeio agrícola (Plano Safra) e do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO). "Somos eficientes, mesmo sob todas as adversidades, geramos renda e empregos e o governo Federal tem de estar mais sensível a isso", argumenta.
O secretário de Estado de Planejamento, Yênes Magalhães, pela função que exerce, é mais cauteloso e projeta que o crescimento que será divulgado na próxima Conta Regional, mostrará um crescimento similar aos 9,5%. "Prefiro errar para menos como aconteceu ontem. Projetávamos 8,5% e se confirmaram os 9,5%, um aumento de 1,5% a mais, ou seja, quase a média brasileira (1,9%) e muito acima do crescimento de São Paulo de 0,7%".
Apesar do percentual estar muito acima da média nacional - que é de 1,9% durante o ano de 2002 -, Mato Grosso detém somente 1,33% de participação no PIB Nacional e a 15ª colocação em nível de federação. "E em volume de repasses, o Estado ocupa a 24ª colocação nas cifras disponibilizadas pela União, cerca de R$ 250 milhões", observa o secretário de Planejamento, Yênes Magalhães.
O gerente regional do IGBE em Mato Grosso, Deovaldo Souza, destaca que há mais de dez anos o Instituto não divulgava o PIB Regional, algo possível com a parceria entre IBGE e Seplan.
LADO RUIM - Magalhães aponta as dificuldades em tratar um título como este. "Verificamos crescimento econômico, mas não o desenvolvimento econômico. Este último abrange muito o aspecto social e para isso, é preciso que a União aumente o volume de repasses, mesmo que sob convênios e com aplicações pré-determinadas. Mas, agora sendo Mato Grosso o maior em crescimento, talvez nossa argumentação esteja prejudicada", aponta.
O secretário destaca que é preciso observar a evolução per capta estadual que passou de R$ 5,5 mil em 2001, para R$ 6,7 mil em 2002. "mesmo com este crescimento do PIB per capta, temos de salientar que talvez esses valores não retratem a realidade do Estado, pois existe muita concentração de renda". O PIB per capta é o resultado da divisão da riqueza produzida no Estado (R$ 17,8 bilhões) pelo número de habitantes.
O secretário destaca que existem muitas regiões em Mato Grosso com baixos índices de desenvolvimento (IDH), como Porto Estrela e Nova Marilândia, contrastando com Primavera do Leste, Sorriso e Lucas do Rio Verde, pólos produtores de grãos e fibras.
"Mas, sem dúvida este percentual é um número concreto que via pesar, positivamente, para qualquer investidor que optar por Mato Grosso e o governo estadual tem um número muito bom para vender para fora a imagem mato-grossense", resume.
PASSO A PASSO - Magalhães aponta ainda que a falta e as precárias condições da logística de Mato Grosso emperram o crescimento e inibem o desenvolvimento. "Mas, felizmente, estamos em estágio primário de desenvolvimento, temos muito que expandir, agregar valor a produção, por meio da agroindustrialização e mais no futuro, alcançar o terceiro estágio que a industrialização, com geração de empregos e renda. Por isso a política estadual tem o objetivo de atrair investimentos neste setor, para assegurar o crescimento contínuo e para que isso se reverta para os mato-grossenses", justifica.
A maior taxa de crescimento do País, registrada em Mato Grosso, está mais uma vez alicerçada na agricultura, tendo a soja como principal produto, que neste ano de referência para o levantamento obteve aumento de produção de 23%.
Para o secretário Extraordinário de Projetos Estratégicos, Cloves Vettorato, o título não surpreende e está acima do que a China vem registrando ano a ano. "Temos outros índices que revelam o desenvolvimento estadual que além de antecipar este percentual de 9,5%, ratificam que a evolução positiva se manterá por muitos anos", opina.
Vettorato conta que um outro indicador da velocidade de expansão de Mato Grosso é o aumento no consumo de energia das categorias industrial, rural e comercial, que de 2002 a 2004, cresceu 24%. "Este indicativo é o melhor termômetro para se medir o desenvolvimento de uma região, porque revela aumento da capacidade produtiva e geração de emprego renda. Uma prova do valor disso que estou falando é outro título estadual, o maior gerador de empregos, que de 2003 para 2004, contabilizou 60 mil vagas, com carteiras assinadas", assevera.
O secretário completa ainda, que sendo o PIB, o melhor indicador de riqueza, o crescimento do comércio neste ano, em 23%, certifica que está havendo geração de renda.
Com relação ao cenário ruim para as commodities, Vettorato frisa que ainda assim, o Estado estará em ascensão. "Se a crise no campo se confirmar, vai ser ruim para Mato Grosso e para o Brasil. Vai haver um arrefecimento em toda a economia, mas o nosso Estado continuará crescendo, mesmo que em um ritmo menor, afinal, estamos muito acima da média nacional", analisa.
BARGANHA - O Secretário de Desenvolvimento Rural e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Homero Pereira, também vê este percentual com bastante naturalidade. "Nossa base é agrícola e temos fronteira para expandir. Por mais que o ritmo de crescimento caia, em função do cenário internacional das commodities, vamos estar sempre liderando e isso nos dá destaque dentro do próprio País e no mundo", aponta. Ele assevera ainda que este crescimento é estimado para os próximos 15 anos a 20 anos. "Temos ainda muito que avançar".
Pereira frisa que este título dá para o setor produtivo estadual mais argumentos na hora de barganhar recursos, principalmente para o custeio agrícola (Plano Safra) e do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO). "Somos eficientes, mesmo sob todas as adversidades, geramos renda e empregos e o governo Federal tem de estar mais sensível a isso", argumenta.
O secretário de Estado de Planejamento, Yênes Magalhães, pela função que exerce, é mais cauteloso e projeta que o crescimento que será divulgado na próxima Conta Regional, mostrará um crescimento similar aos 9,5%. "Prefiro errar para menos como aconteceu ontem. Projetávamos 8,5% e se confirmaram os 9,5%, um aumento de 1,5% a mais, ou seja, quase a média brasileira (1,9%) e muito acima do crescimento de São Paulo de 0,7%".
Apesar do percentual estar muito acima da média nacional - que é de 1,9% durante o ano de 2002 -, Mato Grosso detém somente 1,33% de participação no PIB Nacional e a 15ª colocação em nível de federação. "E em volume de repasses, o Estado ocupa a 24ª colocação nas cifras disponibilizadas pela União, cerca de R$ 250 milhões", observa o secretário de Planejamento, Yênes Magalhães.
O gerente regional do IGBE em Mato Grosso, Deovaldo Souza, destaca que há mais de dez anos o Instituto não divulgava o PIB Regional, algo possível com a parceria entre IBGE e Seplan.
LADO RUIM - Magalhães aponta as dificuldades em tratar um título como este. "Verificamos crescimento econômico, mas não o desenvolvimento econômico. Este último abrange muito o aspecto social e para isso, é preciso que a União aumente o volume de repasses, mesmo que sob convênios e com aplicações pré-determinadas. Mas, agora sendo Mato Grosso o maior em crescimento, talvez nossa argumentação esteja prejudicada", aponta.
O secretário destaca que é preciso observar a evolução per capta estadual que passou de R$ 5,5 mil em 2001, para R$ 6,7 mil em 2002. "mesmo com este crescimento do PIB per capta, temos de salientar que talvez esses valores não retratem a realidade do Estado, pois existe muita concentração de renda". O PIB per capta é o resultado da divisão da riqueza produzida no Estado (R$ 17,8 bilhões) pelo número de habitantes.
O secretário destaca que existem muitas regiões em Mato Grosso com baixos índices de desenvolvimento (IDH), como Porto Estrela e Nova Marilândia, contrastando com Primavera do Leste, Sorriso e Lucas do Rio Verde, pólos produtores de grãos e fibras.
"Mas, sem dúvida este percentual é um número concreto que via pesar, positivamente, para qualquer investidor que optar por Mato Grosso e o governo estadual tem um número muito bom para vender para fora a imagem mato-grossense", resume.
PASSO A PASSO - Magalhães aponta ainda que a falta e as precárias condições da logística de Mato Grosso emperram o crescimento e inibem o desenvolvimento. "Mas, felizmente, estamos em estágio primário de desenvolvimento, temos muito que expandir, agregar valor a produção, por meio da agroindustrialização e mais no futuro, alcançar o terceiro estágio que a industrialização, com geração de empregos e renda. Por isso a política estadual tem o objetivo de atrair investimentos neste setor, para assegurar o crescimento contínuo e para que isso se reverta para os mato-grossenses", justifica.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/365642/visualizar/
Comentários