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Tarso culpa antecessor por fracasso de alunos em teste
Brasília - O ministro da Educação, Tarso Genro, disse nesta terça-feira que a baixa classificação do Brasil no ranking do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) traduz os problemas do ensino e serve para "desmascarar os virtuosos da educação", numa referência velada ao ex-ministro Paulo Renato Souza.
A avaliação aplicada em 2003 mostra que os estudantes brasileiros de 15 anos de idade ficaram em último lugar em conhecimento de matemática, numa lista com 41 países. O Brasil ficou atrás de nações como a Tunísia e Indonésia.
"É precisamente o que nos foi legado. E serve inclusive para desmascarar os que trabalharam a educação durante 10, 20, 30 anos no Brasil. É isso que nós estamos atacando", declarou o ministro.
Segundo ele, a universalização do ensino fundamental, alcançada no governo Fernando Henrique, foi importante, "mas de baixa qualidade", já que nas escolas os professores "simulam que estão educando".
Públicas e particulares O programa de avaliação revelou que nas redes de escolas públicas e particulares há graves lacunas no ensino de matemática, especialmente nas áreas denominadas de "incerteza", que englobam estatística, e de "quantidade", mais precisamente aritmética.
A pior média em matemática é do Brasil, com 356 pontos. A Tunísia teve com 359 pontos e a Indonésia, 360.
Para a realização do estudo, os alunos foram separados em seis níveis, uma graduação que revela os melhores e os piores desempenhos. Dentro do universo analisado, metade dos alunos está abaixo do nível 1, outros 43% estão entre os níveis 1 e 3 e 4% entre os níveis 4 e 6.
"A situação do Brasil, em termos de aprendizagem, ainda é muito ruim. O que nos conduz a adotar medidas não convencionais, como a mobilização da sociedade brasileira para enfrentarmos esse problema", disse o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Eliezer Pacheco.
O Inep é uma autarquia do Ministério da Educação e foi responsável pela realização da pesquisa no País. Segundo Pacheco, o estudo é uma radiografia da falta de empenho de governos anteriores em dar qualidade ao ensino no País.
Mas também é a tradução dos problemas sociais brasileiros. "Oitenta por cento do desempenho do aluno depende de fatores externos da escola", afirmou.
Recuperação
Para ele, o quadro do ensino no País ainda é "triste", mas o Brasil pode comemorar uma pequena recuperação na área da educação. No PISA, o Brasil foi o que mais cresceu em outras duas das áreas de matemática.
O País subiu de 300 pontos no ano 2000) para 350 pontos em 2003 na área de "espaço e forma", onde está englobada a geometria. Também avançou na área de "mudança e relação", que inclui análises de gráficos: passou de 263 pontos para 333 pontos, o maior aumento de desempenho entre os 41 países avaliados.
O Brasil está entre os dez países que apresentaram o maior crescimento na pontuação, numa lista onde estão a Bélgica, Canadá, Alemanha e Portugal. A prova foi aplicada entre os dias 18 e 29 de agosto do ano passado em 229 escolas das cinco regiões, nas zona urbana e rural. Foram avaliados 4.452 alunos com 60 perguntas (a maioria de matemática e o restante nas áreas de leitura e ciências).
Na área de leitura, o Brasil manteve a pontuação do ano 2000, 403 pontos. Em ciências, melhorou de 375 para 390 pontos.
O PISA é coordenado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e pesquisou o desempenho de 250 mil adolescentes com 15 anos de idade nos 41 países que aderiram ao estudo.
A avaliação aplicada em 2003 mostra que os estudantes brasileiros de 15 anos de idade ficaram em último lugar em conhecimento de matemática, numa lista com 41 países. O Brasil ficou atrás de nações como a Tunísia e Indonésia.
"É precisamente o que nos foi legado. E serve inclusive para desmascarar os que trabalharam a educação durante 10, 20, 30 anos no Brasil. É isso que nós estamos atacando", declarou o ministro.
Segundo ele, a universalização do ensino fundamental, alcançada no governo Fernando Henrique, foi importante, "mas de baixa qualidade", já que nas escolas os professores "simulam que estão educando".
Públicas e particulares O programa de avaliação revelou que nas redes de escolas públicas e particulares há graves lacunas no ensino de matemática, especialmente nas áreas denominadas de "incerteza", que englobam estatística, e de "quantidade", mais precisamente aritmética.
A pior média em matemática é do Brasil, com 356 pontos. A Tunísia teve com 359 pontos e a Indonésia, 360.
Para a realização do estudo, os alunos foram separados em seis níveis, uma graduação que revela os melhores e os piores desempenhos. Dentro do universo analisado, metade dos alunos está abaixo do nível 1, outros 43% estão entre os níveis 1 e 3 e 4% entre os níveis 4 e 6.
"A situação do Brasil, em termos de aprendizagem, ainda é muito ruim. O que nos conduz a adotar medidas não convencionais, como a mobilização da sociedade brasileira para enfrentarmos esse problema", disse o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Eliezer Pacheco.
O Inep é uma autarquia do Ministério da Educação e foi responsável pela realização da pesquisa no País. Segundo Pacheco, o estudo é uma radiografia da falta de empenho de governos anteriores em dar qualidade ao ensino no País.
Mas também é a tradução dos problemas sociais brasileiros. "Oitenta por cento do desempenho do aluno depende de fatores externos da escola", afirmou.
Recuperação
Para ele, o quadro do ensino no País ainda é "triste", mas o Brasil pode comemorar uma pequena recuperação na área da educação. No PISA, o Brasil foi o que mais cresceu em outras duas das áreas de matemática.
O País subiu de 300 pontos no ano 2000) para 350 pontos em 2003 na área de "espaço e forma", onde está englobada a geometria. Também avançou na área de "mudança e relação", que inclui análises de gráficos: passou de 263 pontos para 333 pontos, o maior aumento de desempenho entre os 41 países avaliados.
O Brasil está entre os dez países que apresentaram o maior crescimento na pontuação, numa lista onde estão a Bélgica, Canadá, Alemanha e Portugal. A prova foi aplicada entre os dias 18 e 29 de agosto do ano passado em 229 escolas das cinco regiões, nas zona urbana e rural. Foram avaliados 4.452 alunos com 60 perguntas (a maioria de matemática e o restante nas áreas de leitura e ciências).
Na área de leitura, o Brasil manteve a pontuação do ano 2000, 403 pontos. Em ciências, melhorou de 375 para 390 pontos.
O PISA é coordenado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e pesquisou o desempenho de 250 mil adolescentes com 15 anos de idade nos 41 países que aderiram ao estudo.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/365711/visualizar/
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