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Morte ameaça 45 milhões de crianças
Um relatório da agência humanitária Oxfam exige mais ajuda dos países ricos na luta contra a pobreza global. Se a tendência não mudar, alerta a agência, 45 milhões de crianças vão morrer desnecessariamente nos próximos dez anos no planeta. A instituição reclama que, em termos reais, o orçamento de ajuda dos países mais desenvolvidos atualmente é a metade do que era em 1960.
Segundo a diretora da Oxfam, Barbara Stocking, "as crianças mais pobres estão pagando pelas políticas dos países ricos".
Tendência
Outra crítica feita no relatório é que países pobres pagam US$ 100 milhões por dia (aproximadamente R$ 270 milhões) em juros de dívidas. "Quanto mais os países ricos enriquecem, menos eles dão. Isso é um escândalo e tem que ser interrompido", afirma Stocking.
A instituição afirma, ainda, que países ricos como o Japão, os Estados Unidos e a Alemanha quebraram uma promessa feita em 1970 de que usariam 0,7% do total do Produto Interno Bruto (PIB) em ajuda humanitária.
No ano passado, eles gastaram 0,25% em média. Os Estados Unidos gastaram apenas 0,14%.
De acordo com o relatório, as metas do milênio da ONU - como a redução da pobreza pela metade, o alcance de educação primária universal e a redução pela metade da disseminação da Aids e outras doenças - não devem ser alcançadas.
Segundo o correspondente da BBC Mike Wooldridge, o relatório tem o objetivo de chamar a atenção do governo britânico antes de este assumir a presidência do G-8 (grupo formado pelos sete países mais industrializados do mundo e a Rússia) no ano que vem.
A Oxfam quer que o primeiro-ministro Tony Blair convença os outros países do grupo a cancelar a dívida dos países pobres e a dobrar os gastos com ajuda.
1,1 bilhão de pessoas vivem na pobreza
A fome é a escassez de alimentos que, em geral, afeta uma ampla extensão de um território e um grave número de pessoas. No mundo, 1,1 bilhão de pessoas vivem na pobreza, destas, 630 milhões são extremamente pobres, com renda per capta anual bem menor que 275 dólares; 1 bilhão de pessoas estão passando fome; existem 150 milhões de crianças subnutridas com menos de 5 anos (uma para cada três no mundo); 12,9 milhões de crianças morrem a cada ano antes dos seus 5 anos de vida. No Brasil, os 10% mais ricos detêm quase toda a renda nacional.
O Brasil é o quinto país do mundo em extensão territorial, ocupando metade da área do continente sul-americano. Há cerca de 20 anos, aumentaram o fornecimento de energia elétrica e o número de estradas pavimentadas, além de um enorme crescimento industrial. Nada disso, entretanto, serviu para combater a pobreza, a má nutrição e as doenças endêmicas.
Em 1987, no Brasil, quase 40% da população (50 milhões de pessoas) vivia em extrema pobreza. Nos dias de hoje, um terço da população é mal nutrido, 9% das crianças morrem antes de completar um ano de vida e 37% do total são trabalhadores rurais sem terras.
Há ainda o problema crescente da concentração da produção agrícola, onde grande parte fica nas mãos de poucas pessoas, vendo seu patrimônio aumentar sensivelmente e ganhando grande poder político.
Segundo a diretora da Oxfam, Barbara Stocking, "as crianças mais pobres estão pagando pelas políticas dos países ricos".
Tendência
Outra crítica feita no relatório é que países pobres pagam US$ 100 milhões por dia (aproximadamente R$ 270 milhões) em juros de dívidas. "Quanto mais os países ricos enriquecem, menos eles dão. Isso é um escândalo e tem que ser interrompido", afirma Stocking.
A instituição afirma, ainda, que países ricos como o Japão, os Estados Unidos e a Alemanha quebraram uma promessa feita em 1970 de que usariam 0,7% do total do Produto Interno Bruto (PIB) em ajuda humanitária.
No ano passado, eles gastaram 0,25% em média. Os Estados Unidos gastaram apenas 0,14%.
De acordo com o relatório, as metas do milênio da ONU - como a redução da pobreza pela metade, o alcance de educação primária universal e a redução pela metade da disseminação da Aids e outras doenças - não devem ser alcançadas.
Segundo o correspondente da BBC Mike Wooldridge, o relatório tem o objetivo de chamar a atenção do governo britânico antes de este assumir a presidência do G-8 (grupo formado pelos sete países mais industrializados do mundo e a Rússia) no ano que vem.
A Oxfam quer que o primeiro-ministro Tony Blair convença os outros países do grupo a cancelar a dívida dos países pobres e a dobrar os gastos com ajuda.
1,1 bilhão de pessoas vivem na pobreza
A fome é a escassez de alimentos que, em geral, afeta uma ampla extensão de um território e um grave número de pessoas. No mundo, 1,1 bilhão de pessoas vivem na pobreza, destas, 630 milhões são extremamente pobres, com renda per capta anual bem menor que 275 dólares; 1 bilhão de pessoas estão passando fome; existem 150 milhões de crianças subnutridas com menos de 5 anos (uma para cada três no mundo); 12,9 milhões de crianças morrem a cada ano antes dos seus 5 anos de vida. No Brasil, os 10% mais ricos detêm quase toda a renda nacional.
O Brasil é o quinto país do mundo em extensão territorial, ocupando metade da área do continente sul-americano. Há cerca de 20 anos, aumentaram o fornecimento de energia elétrica e o número de estradas pavimentadas, além de um enorme crescimento industrial. Nada disso, entretanto, serviu para combater a pobreza, a má nutrição e as doenças endêmicas.
Em 1987, no Brasil, quase 40% da população (50 milhões de pessoas) vivia em extrema pobreza. Nos dias de hoje, um terço da população é mal nutrido, 9% das crianças morrem antes de completar um ano de vida e 37% do total são trabalhadores rurais sem terras.
Há ainda o problema crescente da concentração da produção agrícola, onde grande parte fica nas mãos de poucas pessoas, vendo seu patrimônio aumentar sensivelmente e ganhando grande poder político.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/365751/visualizar/
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