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Exportação de software brasileiro rende US$ 400 mi
O esforço do país para conseguir elevar suas exportações de software começa a decolar. Em 2004, segundo o Ministério do Desenvolvimento, serão US$ 400 milhões em vendas de produtos e serviços, um salto em relação aos US$ 100 milhões registrados em 2001, número de referência nos planos do governo.
O Brasil, nona economia do mundo, embarcou em um plano para ser reconhecido não só como grande exportador de soja, mas também como criador de software, assim como a Índia, quarta maior economia do planeta. O país asiático deve exportar, em 2004, US$ 12,5 bilhões em programas de computador e serviços relacionados, segundo uma associação indiana de empresas de software.
"Temos no governo um diagnóstico de que a indústria brasileira de software é grande e competente, mas ela praticamente só existe dentro do Brasil", afirmou o gerente de programas da Secretaria de Tecnologia do Ministério do Desenvolvimento, Rogério Vianna. Em 2004, o governo definiu meta para exportar US$ 2 bilhões em software anualmente até 2007 e elegeu o setor como uma das quatro prioridades de desenvolvimento do país, ao lado de semicondutores, fármacos e produtos de biotecnologia.
De acordo com Vianna, governo e iniciativa privada investiram em 2004 pelo menos R$ 280 milhões no setor. Cerca de R$ 166 milhões desse total foram usados por 40 empresas que recorreram à linha de financiamento Prosoft, um dos principais mecanismos de crédito ao setor, mantida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Desde 1997, quando o Prosoft foi criado, até março deste ano, quando foi ampliado eliminando limites de concessão de crédito, apenas 28 empresas tinham recorrido ao programa. Apesar da melhoria de março em diante, ainda representa uma fatia ínfima das cerca de 15 mil companhias de software do país.
Muito lento
Lentidão na liberação dos recursos, geralmente seis meses, e burocracia nos trâmites de exportação reduziram o interesse no programa. Entretanto, o ânimo dos empresários deve melhorar nos próximos meses com a entrada de uma versão do programa destinada a financiar também os compradores de software, afirmou a gerente de programas do BNDES, Regina Gutierrez, em palestra na semana passada.
Representantes de 40 grandes empresas multinacionais participaram esta semana de uma reunião com o ministro do Desenvolvimento e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan. O ministro tenta fazer com que o setor, que movimenta até US$ 9 bilhões por ano, segundo o Ministério de Ciência e Tecnologia, deixe de "olhar para o próprio umbigo". O governo mostrou a eles "as vantagens do software brasileiro" para tentar convencê-los a incluir o Brasil em suas listas de países capazes de trabalhar com tecnologia.
"Estas empresas são grandes 'brokers' de nosso software e serviços fora de nossas fronteiras e ao mesmo tempo podem fortalecer suas próprias bases no Brasil", afirmou Vanda Scartezini, vice-presidente da Softex, entidade de promoção do software do Brasil criada pelo Ministério de Ciência e Tecnologia.
Conforme Vianna, participaram da reunião representantes de empresas como Volkswagen, Volvo, Monsanto, Caterpillar e Cargil. Ele acredita que multinacionais que não são da área de Tecnologia da Informação podem gerar de US$ 200 milhões a US$ 300 milhões em negócios com software no Brasil nos próximos anos.
A companhia alemã Siemens, por exemplo, pretende exportar a partir do Brasil US$ 80 milhões em software para telefonia móvel até 2008 e vai elevar de US$ 35 milhões para US$ 108 milhões os investimentos em pesquisa e desenvolvimento no país nos próximos quatro anos.
O Brasil, nona economia do mundo, embarcou em um plano para ser reconhecido não só como grande exportador de soja, mas também como criador de software, assim como a Índia, quarta maior economia do planeta. O país asiático deve exportar, em 2004, US$ 12,5 bilhões em programas de computador e serviços relacionados, segundo uma associação indiana de empresas de software.
"Temos no governo um diagnóstico de que a indústria brasileira de software é grande e competente, mas ela praticamente só existe dentro do Brasil", afirmou o gerente de programas da Secretaria de Tecnologia do Ministério do Desenvolvimento, Rogério Vianna. Em 2004, o governo definiu meta para exportar US$ 2 bilhões em software anualmente até 2007 e elegeu o setor como uma das quatro prioridades de desenvolvimento do país, ao lado de semicondutores, fármacos e produtos de biotecnologia.
De acordo com Vianna, governo e iniciativa privada investiram em 2004 pelo menos R$ 280 milhões no setor. Cerca de R$ 166 milhões desse total foram usados por 40 empresas que recorreram à linha de financiamento Prosoft, um dos principais mecanismos de crédito ao setor, mantida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Desde 1997, quando o Prosoft foi criado, até março deste ano, quando foi ampliado eliminando limites de concessão de crédito, apenas 28 empresas tinham recorrido ao programa. Apesar da melhoria de março em diante, ainda representa uma fatia ínfima das cerca de 15 mil companhias de software do país.
Muito lento
Lentidão na liberação dos recursos, geralmente seis meses, e burocracia nos trâmites de exportação reduziram o interesse no programa. Entretanto, o ânimo dos empresários deve melhorar nos próximos meses com a entrada de uma versão do programa destinada a financiar também os compradores de software, afirmou a gerente de programas do BNDES, Regina Gutierrez, em palestra na semana passada.
Representantes de 40 grandes empresas multinacionais participaram esta semana de uma reunião com o ministro do Desenvolvimento e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan. O ministro tenta fazer com que o setor, que movimenta até US$ 9 bilhões por ano, segundo o Ministério de Ciência e Tecnologia, deixe de "olhar para o próprio umbigo". O governo mostrou a eles "as vantagens do software brasileiro" para tentar convencê-los a incluir o Brasil em suas listas de países capazes de trabalhar com tecnologia.
"Estas empresas são grandes 'brokers' de nosso software e serviços fora de nossas fronteiras e ao mesmo tempo podem fortalecer suas próprias bases no Brasil", afirmou Vanda Scartezini, vice-presidente da Softex, entidade de promoção do software do Brasil criada pelo Ministério de Ciência e Tecnologia.
Conforme Vianna, participaram da reunião representantes de empresas como Volkswagen, Volvo, Monsanto, Caterpillar e Cargil. Ele acredita que multinacionais que não são da área de Tecnologia da Informação podem gerar de US$ 200 milhões a US$ 300 milhões em negócios com software no Brasil nos próximos anos.
A companhia alemã Siemens, por exemplo, pretende exportar a partir do Brasil US$ 80 milhões em software para telefonia móvel até 2008 e vai elevar de US$ 35 milhões para US$ 108 milhões os investimentos em pesquisa e desenvolvimento no país nos próximos quatro anos.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/366007/visualizar/
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