Investigadores são principais alvos

As denúncias contra investigadores da Polícia Civil representam apenas uma parcela pequena das denúncias feitas à Ouvidoria Integrada. A maioria delas diz respeito aos profissionais durante o processo de apuração. Delegados e escrivães também estão no alvo, mas em número menor.

Até o dia 2 de dezembro, o número de denúncias formalizadas perante a Corregedoria da Polícia Civil chega a 388. Hoje estão em andamento 24 sindicâncias e outros 52 inquéritos que apuram crimes como vias de fato (briga), ameaça, peculato, corrupção passiva, entre outros.

"O grande problema é que um policial de posse de uma arma e de uma carteira (funcional) tem que estar preparado para atuar ou vai acabar cometendo excessos. Os policiais têm facilidade para entrar em determinados locais. Não se pode deixar de considerar a índole que a pessoa tem. Questão de caráter. Mesmo com academia de Polícia, com cursos de reciclagem, alguns se excedem", analisou.

Em todo o ano de 2003 foram registradas 467 denúncias sendo que 51 resultaram na instalação de inquéritos e mais 29 sindicâncias. Hoje a Corregedoria tem cinco delegados. "A população tem de ter ciência sim que deve denunciar, que é possível sim se apurar o que acontece. O policial é um servidor público e tem que prestar contas a sociedade", finalizou. (PN)