"Eu sou virgem ainda", afirmou em entrevista à apresentadora Ana Maria Braga, no programa "Mais Você", da TV Globo. "Fui no ginecologista, confirmou (que sou virgem)". Catarina estava com data marcada para perder a virgindade no dia 3 de novembro.
Ela contou ainda que, como não tinha certeza que o valor chegaria a R$ 1,5 milhão, combinou um valor mínimo para participar do documentário que tem o objetivo de mostrar o cotidiano de um jovem e uma jovem virgens. "Eu combinei com o meu diretor que eu não faria por menos de US$ 500 mil", afirmou, acrescentando que pode desistir de consumar o ato a qualquer momento. Mas caso isso ocorra, não receberá o valor pago pelo vencedor do leilão, um japonês de 53 anos, que ela afirma não ter visto nem por foto.
"É exatamente isso: um negócio", explicou Catarina, contando que decidiu leiloar sua virgindade pela oportunidade de participar do documentário, viajar, passar por novas experiências. "O diferente me atrai. E também tem o fato do negócio, do leilão, é claro".
A produção procurou em todo o mundo virgens para o documentário. E, segundo Catarina, ela soube da busca quando tinha 18 anos. "Eles estavam procurando há um ano já e eu pensei "Ah, vou me inscrever"", disse, contando que a inscrição "foi por impulso". "Mandei e-mail para a produção e não imaginei que fossem me responder. E foi uma grande surpresa quando me responderam, pediram teste de cena e me escolheram", completou Catarina, explicando além de um ginecologista ter atestado sua virgindade para a produção, o vencedor do leilão, se assim quiser, também poderá indicar um médico de sua confiança para fazer novo teste antes do ato sexual.
"A minha mãe já está sabendo (sobre o leilão da virgindade) há muito tempo porque somos muito amigas. Ela está do meu lado porque ela sabe quem eu sou, e respeita minha opinião e minha liberdade"", contou a jovem revelou que seu verdadeiro nome é Ingrid, mas sempre foi chamada pelos amigos de Catarina, por causa de seu estado natal.
Catarina esteve presente na noite desta quarta-feira (7) no Fashion Rio, no Cais do Porto, na Zona Portuária da cidade. A jovem, que inicialmente iria desfilar pela grife TNG, apenas assistiu ao desfile. Ela ficou sentada na primeira fila, bem perto do RPM, que fez show durante o desfile da marca.
Inicialmente, a jovem foi convidada pela grife para desfilar, mas a TNG cancelou o convite devido à má repercussão com os clientes da marca. Segundo ela, o ato sexual foi adiado especialmente para poder participar do desfile e, para isso, voou por 35 horas. "Eu respeito a opinião das pessoas e continuo feliz, saudável, alegre, sabe? Não me abalou", garantiu.
A jovem, no entanto, não sabe se houve preconceito. "Não sei nem se é preconceito. Eu acho que as pessoas não gostam e nem sabem porque não gostam. Muita gente chama de prostituição, só que as pessoas esquecem que - ou então fingem não saber - que prostituição é algo muito mais amplo: por exemplo, sair nua em revista, fazer filme pornô, fazer sexo sem afeto, fazer sexo por um cargo melhor ou outro tipo de coisa, entendeu? Isso acontece o tempo todo. As pessoas sabem, fingem que não veem, que não sabem"", avaliou Catarina, em entrevista ao colunista Bruno Astuto, para o "Mais Você". "Eu sou maior, tenho 20 anos, sou responsável pelo meu próprio corpo e tudo que eu estou fazendo é por livre e espontânea vontade", completou.
Sem namorado
Catarina garante que nunca namorou, mas não acredita que fique mais difícil encontrar um namorado sério e casar depois de leiloar a virgindade. "Não acho que vou ter dificuldade nenhuma porque eu acho que o amor não tem preconceito, o amor verdadeiro é incondicional, vai ter que gostar de mim pelo jeito que eu sou. Como disse Victor Hugo, "a maior convicção da vida é ser amado por aquilo que você é ou, mais corretamente, apesar daquilo que você é"", filosofou.
A jovem é natural de Itapema, em Santa Catarina, e antes de chegar ao Rio para o Fashion Rio, estava na Austrália para a gravação de um documentário sobre a preparação para o momento.
Caso ela perdesse a virgindade no dia 3, como previsto, o ato aconteceria durante um voo que partiria da Austrália ou Indonésia para os Estados Unidos, para evitar problemas com a legislação de cada país.
Entre as regras que deveriam ser obedecidas pelo ganhador estaria o uso de camisinha obrigatório e a proibição da filmagem do ato. Também não seria permitido beijo, realização de fantasias ou fetiches nem uso de brinquedos.
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