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Economia
Domingo - 05 de Dezembro de 2004 às 13:46
Por: Justina Fiori

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Na Rondomaq, revendedora Massey Ferguson em Rondonópolis (210 quilômetros ao Sul de Cuiabá), o saldo de vendas de tratores, levando-se em consideração todo o ano de 2004, ainda é positivo. O aumento é de 32%, segundo Larri Herter, gerente geral. Mas ele reconhece que, neste segundo semestre, o ritmo de vendas é decrescente. “Hoje, o produtor não está comprando como nos primeiros meses do ano”, aponta.

A principal preocupação do produtor, segundo ele, é de que as contas não fechem no final da safra e que as dificuldades se acumulem no próximo ano. Otimista, Herter acredita que o problema é momentâneo e defende uma atuação do governo Federal com relação à taxa de câmbio do dólar. Além disso, ele torce para que os números da safra norte-americana de soja estejam bem abaixo do que está sendo divulgado, como já aconteceu há alguns anos.

Enquanto isso não se confirma, o volume de vendas de máquinas e tratores é decrescente. Alguns produtores rurais chegaram a cancelar negócios que haviam sido feitos no primeiro semestre, mas os grandes e médios agricultores ainda se arriscam a fazer negócios. Segundo Herter, quem está fazendo boas compras neste período do ano são os pecuaristas, que contam com um mercado mais seguro.

O gerente da Rondomaq também confirma um desaquecimento na venda de colheitadeiras em relação ao ano passado e uma queda vertiginosa nas vendas de plantadeiras. “Quem tem, está procurando aproveitar as velhas”, diz ele. Até o início de dezembro, a revendedora Massey Ferguson havia comercializado 46 plantadeiras, contra 60 no mesmo período do ano passado.

A situação também é confirmado pela Iguaçu Máquinas, revendedora John Deere em Rondonópolis. O supervisor de vendas, Mário Guilherme Lange, diz que o setor está muito preocupado com a falta de liquidez do produtor rural. A euforia vista durante a Agrishow Cerrado passou e muitos contratos fechados durante a feira agrícola acabaram cancelados. “O produtor está programando muito bem as suas compras, agora já sem a euforia do começo do ano”, enfatiza ele.

Lange conta que ainda consegue fechar algumas compras neste final de ano, mas não no mesmo ritmo do primeiro semestre. Como as chuvas estão mal distribuídas neste começo da safra, o produtor teme que, no período da colheita, elas sejam abundantes e acabem prejudicando ainda mais os resultados da lavoura.

Apesar disso, o saldo anual de vendas de máquinas, tratores e implementos ainda deve ser positivo na Iguaçu Máquinas. No caso das plantadeiras, a empresa já fechou pelo menos 70 contratos, o que representa um aumento de 20% a 30% em relação ao ano passado. O mesmo resultado é registrado nas vendas de tratores. (JF)




Fonte: Diário de Cuiabá

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