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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Domingo - 05 de Dezembro de 2004 às 08:11
Por: Daniele Danchura

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Para a pesquisadora e doutora em Ciências da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Michèle Sato, a situação que está sendo verificada em Mimoso é fruto de uma degradação não apenas ambiental, mas degradação social. "Qualquer impacto ambiental que acontece no mundo, os mais atingidos são as classes menos favorecidas.

Mimoso era no passado um local calmo, onde as mulheres faziam suas redes e os homens pescavam, mas com a globalização isso acabou. Hoje eles vivem de um turismo que é uma forma de escravidão, porque eles apenas servem a quem os visita, os turistas usam, sujam e deixam para a comunidade limpar. A condição social se deteriorou", ressaltou.

Com isso, segundo a pesquisadora, a população acaba apelando para esse tipo de criação, que não tem custos econômicos, mas que acaba degradando tanto o meio ambiente quanto a comunidade.

"É preciso criar um mecanismo legal e de cidadania para realizar a inclusão social na comunidade. A miséria é tão presente no local, que força para que os homens criem uma forma de terem criações sem gastos", alertou.

Michèle coordenou em 2003 um grupo de estudantes (mestrandos e universitários) em um projeto desenvolvido em Mimoso identificado como "Educação Ambiental como prática sustentável da Comunidade Pantaneira", que tinha o objetivo de propor, planejar e implementar programas de educação ambiental. Neste projeto foi ensinado ao moradores locais como fazer a compostagem para a criação de hortas com melhor qualidade, o que foi deixado para trás, devido à invasão dos porcos.




Fonte: Folha do Estado

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