Presos 2 empresários que teriam enganado governo

O Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Delegacia Fazendária prenderam dois empresários que forneciam materiais de informática e escritório para o governo do Estado, na tarde de ontem, pelo crime de "fraude em licitação". O nome dos detidos não foi informado pela delegada Luzia de Fátima Machado, que ouviu os acusados no início da noite de ontem.

O promotor do Gaeco, Mauro Zaque, afirmou que a empresa "Dalas Papelaria", registrada com o nome de "Comercial Ourinhos", localizada na avenida Pernambuco, bairro CPA II, vendeu R$ 829 mil para o Estado no ano de 2003, e, R$ 624 mil este ano. "Ainda não sabemos qual o prejuízo que a empresa deu para o Estado, mas isso vai ser investigado pela delegacia fazendária. O que nós sabemos é que eles vendiam material falsificado, no valor de original", disse o promotor.

A empresa ganhou licitação, na modalidade de pregão por menor preço, e vendia cartucho de toner recarregado, como se fosse um original da marca Lemarx, por exemplo.

Além da prisão, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão na sede da empresa e na casa de dois sócios. Do local, foram retirados documentos e materiais para comprovar a "falsificação".

Ainda segundo o promotor, as investigações vão tentar checar a existência do crime de formação de quadrilha, neste caso, os empresários não terão como pagar fiança para se livrar da prisão. "Agora, vamos comunicar a secretaria de Administração para que eles descredenciem a empresa da lista de fornecedores", disse o promotor. A delegada Luzia não quis adiantar nada sobre o assunto.