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Cidades/Geral
Sábado - 04 de Dezembro de 2004 às 09:44
Por: Joanice de Deus

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Há cerca de duas semanas, as mais de 150 toneladas de lixo que são despejadas diariamente no lixão de Várzea Grande não são aterradas. A situação ficou tão crítica que além de abrirem novos montes à beira da estrada de terra por onde passam os caminhões da prefeitura, as pessoas estão colocando fogo nos detritos. O lixão fica a 15 quilômetros do centro de Várzea Grande, às margens da BR-070.

“Todo lugar está entupido, não tem mais onde colocar lixo”, afirmou o catador I.D.A, 34 anos, que ganha cerca de R$ 500 por mês com a venda de latas e garrafas plásticas que junta no local.

Conforme I.D., como não está sendo feito o aterro, falta espaço até para depositar o lixo selecionado. “Quando a gente está reciclando (coletando) tem que ter um lugar para colocar o material. Se a máquina não empurrar e soterrar o lixo, a gente fica sem espaço para trabalhar”, comentou.

I.D. nega que foram os próprios catadores que colocaram fogo no entulho. “Ninguém sabe quem colocou o fogo. Nós (catadores) sabemos que não pode queimar o lixo porque é prejudicial ao meio ambiente”.

De acordo com o fiscal do lixão, João Batista de Oliveira, o problema começou há 15 dias. “O trator esteira que aterra o lixo está quebrado”, explicou.

Segundo ele, são 14 caminhões que jogam diariamente cerca de cinco toneladas de lixo no local. “Enquanto o trator limpava uma ala, o lixo era despejado em outro local. Como está tudo cheio estão colocando o lixo na beira da estrada por onde passam os caminhões”, afirmou. Tal situação contribui ainda mais para o aumento do mau cheiro e a proliferação de vetores, como moscas, roedores, baratas e até urubus.

O responsável pelo setor de coleta de lixo da Secretaria de Serviços Públicos de Várzea Grande, Miguel Gattass Monteiro, reconheceu que o problema existe. Segundo ele, várias peças do trator esteira precisam de conserto, o que demandará um certo tempo e dinheiro.

No entanto, Monteiro garantiu que ainda ontem encaminharia uma outra máquina (pá carregadeira) para aterrar o lixo do local. No entanto, a situação só deverá se normalizar no prazo de quatro dias.




Fonte: Diário de Cuiabá

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