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Internacional
Sexta - 03 de Dezembro de 2004 às 12:37

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O presidente da Polônia, Aleksander Kwasniewski, que tenta mediar a atual crise na Ucrânia, reiterou nesta sexta-feira que a repetição do segundo turno das eleições presidenciais é a única saída para o problema que afeta o país.

"Não vejo uma boa razão para começar do zero, sem mencionar o fator tempo, que se tornou crucial", afirmou Kwasniewski, em declarações a uma emissora de rádio ucraniana.

O presidente polonês propôs a repetição do segundo turno eleitoral, contestado pela oposição, durante a mesa-redonda realizada nesta quarta-feira em Kiev com a participação do presidente em fim de mandato, Leonid Kuchma, do primeiro-ministro em fim de mandato e candidato presidencial, Viktor Yanukovich, e do candidato opositor, Viktor Yushchenko.

"Quanto mais as conversações entre as autoridades e a oposição forem dilatadas, maior será o risco de um conflito na Ucrânia", acrescentou.

Por isso, Kwasniewski disse ser a favor de uma decisão rápida do Supremo Tribunal, que deve emitir hoje um parecer definitivo sobre o pedido de invalidação das eleições de 21 de novembro passado apresentado pela oposição.

O presidente, que medeia a crise a pedido do presidente em fim de mandato, Leonid Kuchma, não descartou 19 de dezembro como data para a repetição das eleições, mas afirmou que tudo depende das infra-estruturas necessárias.

Se o segundo turno for realizado novamente, Kwasniewski também pediu um controle rigoroso por parte dos observadores internacionais e um acesso igualitário à impresa.

O presidente russo, Vladimir Putin, apoiou ontem a convocação de novas eleições, como tinha proposto por Yanukovich. Já os EUA e a União Européia (UE) apóiam Yushchenko e seu pedido para a repetição do segundo turno.

A número dois da oposição, Yulia Timoshenko, disse que a reação da população será imprevisível no caso de a decisão do Supremo Tribunal não agradar as pessoas reunidas na Praça da Independência em apoio a Yushchenko.




Fonte: EFE

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