Cai a obrigatoriedade para adesão ao Sisbov menos para exportação

A adesão ao Sisbov (Sistema Brasileiro de Identificação de Origem Bovina e Bubalina) pelos pecuaristas passará a ser opcional, e não obrigatória como até então. Essa decisão foi ratificada ontem pelo ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, e aprovada na reunião da Câmara Setorial da Carne Bovina, em Brasília. O ministro esclareceu ainda que a obrigatoriedade fica valendo apenas para exportação. Os presidentes da Farsul, Carlos Sperotto, e da Comissão de Pecuária de Corte da federação, Fernando Adauto, participaram do encontro.

Adauto destacou uma proposta de metodologia de certificação por propriedade que foi analisada. "Ficou constituído um grupo de trabalho que, em 60 dias, deverá apresentar uma sugestão a ser votada". Também integraram o debate o programa sobre o controle do mal da vaca louca que será apresentado à comunidade internacional e o de classificação de carcaças, que deve vigorar a partir de 1º de janeiro.

Com a liberação de espontaneidade de adesão ao Sisbov, o ministro espera que os frigoríficos passem a valorizar os pecuaristas que optarem pela rastreabilidade. “A rastreabilidade não pode representar um ônus, mas sim um bônus ao pecuarista”, disse em entrevista a assessoria do Ministério.

Para o ministro os produtores devem receber mais pelo gado destinado à exportação. Ontem, Rodrigues esteve reunido com representantes da bancada ruralista na Câmara Federal, das secretarias estaduais de Agricultura e membros da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Carne Bovina.