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Saca do milho está 32% abaixo do mínimo
O milho em Mato Grosso promete fechar o ano como mais um problema na vida dos produtores estaduais. Com excesso de oferta e sem compradores, o grão atingiu na semana passada o limite mais baixo da cotação dos últimos cinco anos. Em Lucas do Rio Verde (360 quilômetros ao Médio-Norte de Mato Grosso), a saca de 60 quilos foi negociada a R$ 7,50, cifras 32% abaixo do estipulado pelo governo Federal, que tem o preço mínimo de R$ 11 para o Estado.
O valor de mercado médio na região - entre R$ 8 e R$ 9 -, está aquém do custo de produção. Segundo o produtor e presidente da Fundação Rio Verde, em Lucas, Egídio Vuaden, a produção de uma saca custa algo em torno de R$ 12 a R$ 13.
Vuaden conta que há cerca de 20 dias pagava-se até R$ 9, mas o mercado está sem compradores e segundo ele, a tendência é piorar. "Temos apenas este mês de entressafra, já em janeiro, o Paraná (maior produtor do Brasil) coloca a safra nova. Se fosse para haver alta na cotação, era para ter acontecido desde novembro", avalia.
Para aumentar o excesso de oferta no mercado interno, o câmbio, que registra quedas sucessivas, inviabiliza a exportação. Com transporte sobre pneus e movido a óleo diesel, em estradas sem condições, o grão não tem valor competitivo. Outro agravante é que Mato Grosso só consome 30% do que produz", observa. Na safra, 03/04, a produção estadual foi de 3,3 milhões de toneladas.
O analista de mercado da AgRural, em Cuiabá, Geraldo Ornellas, anuncia um outro fator que deverá derrubar ainda mais as cotações. "Com o excesso de milho ainda estocado, boa parte dele deverá ser comercializada até janeiro em função da colheita da soja precoce, já para o início do próximo ano, para dar espaço à oleaginosa. Isso vai pressionar ainda mais os preços".
Para minimizar a onda baixista sobre o milho, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), por meio do Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea), está levantando todas as demandas com relação a commoditie e detalhando a situação no Estado. "Vamos sugerir ao Ministério da Agricultura a realização de contratos de opção para que a União adquira o grão e reduza a oferta no mercado, para que pelo menos, o preço mínimo para Mato Grosso (R$ 11) seja exercido na prática", justifica a superintendente do Imea, Rosimeire Cristina do Santos. Entre as informações que estão sendo apuradas, o Imea vai mensurar quantas toneladas ainda restam em estoque da safra passada.
Ornellas analisa ainda que este excesso não é resultado apenas das safra cheias nos estados brasileiros e sim erro de estratégia dos produtores. "Durante a safra os preços cobriam os custos de produção e o produtor não aproveitou e segurou o grão, prevendo aumento da cotação na entressafra, o que não ocorreu, a exemplo da soja".
O valor de mercado médio na região - entre R$ 8 e R$ 9 -, está aquém do custo de produção. Segundo o produtor e presidente da Fundação Rio Verde, em Lucas, Egídio Vuaden, a produção de uma saca custa algo em torno de R$ 12 a R$ 13.
Vuaden conta que há cerca de 20 dias pagava-se até R$ 9, mas o mercado está sem compradores e segundo ele, a tendência é piorar. "Temos apenas este mês de entressafra, já em janeiro, o Paraná (maior produtor do Brasil) coloca a safra nova. Se fosse para haver alta na cotação, era para ter acontecido desde novembro", avalia.
Para aumentar o excesso de oferta no mercado interno, o câmbio, que registra quedas sucessivas, inviabiliza a exportação. Com transporte sobre pneus e movido a óleo diesel, em estradas sem condições, o grão não tem valor competitivo. Outro agravante é que Mato Grosso só consome 30% do que produz", observa. Na safra, 03/04, a produção estadual foi de 3,3 milhões de toneladas.
O analista de mercado da AgRural, em Cuiabá, Geraldo Ornellas, anuncia um outro fator que deverá derrubar ainda mais as cotações. "Com o excesso de milho ainda estocado, boa parte dele deverá ser comercializada até janeiro em função da colheita da soja precoce, já para o início do próximo ano, para dar espaço à oleaginosa. Isso vai pressionar ainda mais os preços".
Para minimizar a onda baixista sobre o milho, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), por meio do Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea), está levantando todas as demandas com relação a commoditie e detalhando a situação no Estado. "Vamos sugerir ao Ministério da Agricultura a realização de contratos de opção para que a União adquira o grão e reduza a oferta no mercado, para que pelo menos, o preço mínimo para Mato Grosso (R$ 11) seja exercido na prática", justifica a superintendente do Imea, Rosimeire Cristina do Santos. Entre as informações que estão sendo apuradas, o Imea vai mensurar quantas toneladas ainda restam em estoque da safra passada.
Ornellas analisa ainda que este excesso não é resultado apenas das safra cheias nos estados brasileiros e sim erro de estratégia dos produtores. "Durante a safra os preços cobriam os custos de produção e o produtor não aproveitou e segurou o grão, prevendo aumento da cotação na entressafra, o que não ocorreu, a exemplo da soja".
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/366435/visualizar/
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