O engajado Paulo André não resume a atuação política ao Corinthians. Nesta quarta-feira, o zagueiro foi solidário e cobrou proteção do Sindicato de Atletas Profissionais de São Paulo (Sapesp) aos jogadores do Palmeiras, que têm sofrido ameaças de violência por causa da grande probabilidade de rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
"Estava querendo falar sobre isso", avisou Paulo André. "Gostaria que o nosso sindicato fosse um pouco mais atuante. A gente tem visto inúmeros casos de agressão, de falta de respeito com os profissionais. É preciso que o sindicato ajude na prevenção do problema junto aos órgãos públicos. Os torcedores logicamente são apaixonados e estão buscando o melhor para o time, mas a classe de atletas deveria se unir para que as ameaças não sejam mais corriqueiras", discursou.
A insegurança no Palmeiras já fez o argentino Hernán Barcos ameaçar deixar o clube se for obrigado a usar carro blindado e andar com escolta. "O Barcos tem razão. O cara não é bandido para ter que sair com segurança", disse Paulo André, que também já foi alvo de violência - principalmente quando o colombiano Tolima eliminou o Corinthians na Pré-Libertadores do ano passado. "Já aconteceu com a gente. Existe uma inversão de valores no futebol. As pessoas acham que essa situação é normal."
O zagueiro ainda lembrou que o sindicato da categoria não é o único culpado pela falta de ação em casos de violência contra jogadores. "A nossa relação com o sindicato é um pouco distante. Falta um pouco de iniciativa para nós", reconheceu.
Paulo André só não afirmou torcer para que os colegas de Palmeiras alcancem a paz com a salvação no Campeonato Brasileiro. "Para mim, é indiferente se eles ganham ou perdem", avisou o corintiano. "A situação do Palmeiras é delicada, mas a dos jogadores também", repetiu.
Com informações da Gazeta Esportiva
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