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Economia
Quarta - 01 de Dezembro de 2004 às 12:21

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Dentro da política de incentivo ao desenvolvimento do turismo, uma das principais metas do Governo Blairo Maggi é a regionalização do setor. Durante a 15ª Reunião Plenária do Fórum Estadual de Turismo, realizada no Araguaia Park Hotel, em Barra do Garças (509 km a Leste de Cuiabá), na terça-feira (30.11), a secretária estadual de Turismo, Yeda Marli de Assis, apresentou o projeto “Implementação do Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil”.

Esse programa, que será executado com o apoio do Ministério do Turismo e a participação dos Conselhos Municipais de Turismo, prevê ações de sensibilização e mobilização da comunidade, fortalecimento da cadeia produtiva e a formatação de novos produtos (pontos de atração turística), visando à participação de Mato Grosso no Salão Brasileiro de Turismo, em julho do ano que vem, em São Paulo. A execução desse programa contemplará os quatro pólos turísticos do Estado: Pantanal, Cerrado, Amazônia e Araguaia Mato-grossense.

A secretária de Turismo explicou aos conselheiros do Fórum Estadual de Turismo que uma das propostas do Fórum Nacional de Turismo, colegiado do Ministério do Turismo, é justamente a de trabalhar o desenvolvimento do setor no aspecto regional. “A idéia é pensar o desenvolvimento do turismo de maneira regional, aproveitando todo o trabalho que se tem feito nos Municípios, por meio do PNMT (Programa Nacional de Municipalização do Turismo)”, disse Yeda Assis.

Ela destacou que o PNMT é responsável pelo começo da “revolução silenciosa” no turismo brasileiro. “Hoje, estão despontando Municípios que viviam no anonimato e que, agora, são verdadeiros ícones do turismo no Brasil, justamente em função do programa que trata da municipalização do turismo no País”, afirmou.

Aproveitando esse trabalho de base do PNMT, o Ministério do Turismo lançou o Programa de Regionalização do Turismo. A meta desse programa é levar para o Salão Brasileiro de Turismo, de 21 a 25 de julho de 2005, em São Paulo, os principais produtos dos Estados brasileiros. Cada Estado deverá apresentar, no máximo, quatro produtos formatados. Para Mato Grosso ser contemplado com esse programa, segundo Yeda Assis, foi necessário se fazer um grande esforço no sentido de mostrar ao Ministério do Turismo que Mato Grosso é um Estado diferenciado: enquanto Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Espírito Santo, para citar alguns exemplos, lidam com a regionalização, sem problema de distância (neles, a distância entre a maioria dos Municípios fica entre 10 e 20 km), em Mato Grosso, a realidade é bem diferente, considerando que a menor distância chega a ser, em média, de até 100 km.

“Nossos problemas para a questão da regionalização do turismo, para a formatação de modelos, são muitos diferentes. Um exemplo: os Municípios mais próximos que nós temos para agregar roteiros ficam na Baixada Cuiabana”, observou a secretária, salientando que, ao levar em conta esse diferencial, essa dificuldade, o Ministério do Turismo liberou para Mato Grosso R$ 380 mil para a execução do Programa de Regionalização do Turismo.

Como contrapartida, doravante, conforme a secretária repassou para os membros do Fórum Estadual de Turismo, Mato Grosso tem que apresentar, até julho do ano que vem, usando esses recursos para fazer mobilização, sensibilização e organização, quatro produtos que deverão ser exibidos no Salão Brasileiro de Turismo, em São Paulo. “Temos que distribuir esse dinheiro e trabalhar por regiões, para levar produtos formatados. Explica-se: não adianta o Município ter uma cachoeira, um monte de atrativos, se não oferecer meios para o turista ter acesso a esse produto; que essa cachoeira esteja pronta para ser visitada, que disponha de guia especializado – que tenha um “plano de venda” desse atrativo. Produto formatado é isso”, explicou.

No caso específico do Vale do Araguaia, por exemplo, o Fórum Regional de Turismo terá que apresentar para o Fórum Estadual de Turismo um produto que seja “rentável”, que esteja pronto, embalado, e que tenha preço; um produto que possibilite capacitação de pessoas, que ofereça mão-de-obra. Cada um dos quatro Pólos de Turismo vai ter que se responsabilizar pelas propostas que Mato Grosso apresentará, ano que vem, em São Paulo.

A secretária de Turismo ofereceu um exemplo nesse caso específico: a Serra do Roncador (um dos principais pontos turístico da região, entre Barra do Garças e Nova Xavantina, a 550 km da Capital), que deverá estar com todas as suas trilhas prontas, o acesso bem organizado, os guias devidamente preparados e o preço estabelecido para que esse produto seja colocado na prateleira. “É necessário que haja uma tabela de custos desse produto. Não há como se vender esse produto, se você não sabe quanto ele custa”, afirmou.

VALORIZAÇÃO – Em sua explanação, Yeda Assis enfatizou que o Governo Blairo Maggi tem se esforçado muito no sentido de valorizar o setor do turismo em Mato Grosso. Um exemplo, segundo ela, é o fato de o Governo ter investido quase meio milhão de reais somente na promoção do Estado, numa ação conjunta com o empresariado do setor, por meio do Convention Bureau. “Isso demonstra o interesse e a importância que o governador Blairo Maggi está dispensando ao setor. O papel do Governo, de fato, é esse: possibilitar a comercialização do produto. O Governo não comercializa, nem tampouco vende nada. Esse papel é a da iniciativa privada”, disse a secretária.

No Salão Brasileiro do Turismo, em São Paulo, Mato Grosso estará representado pelos seus quatro Pólos de Turismo – Araguaia, Cerrado, Pantanal e Amazônia. Os produtos a serem expostos serão definidos pela comunidade, por meio dos conselhos municipais e regionais de turismo. Os R$ 300 mil liberados pelo Ministério do Turismo possibilitarão a realização de oficinas, organização de planos municipais e a elaboração de projetos necessários ao desenvolvimento do turismo nesses pólos.




Fonte: Secom-MT

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