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Justiça tenta repatriar menina brasileira retida na Itália
Curitiba - O Ministério Público (MP) e a Justiça de Cascavel, no oeste do Paraná, a cerca de 520 quilômetros de Curitiba, começaram a investigar, há cerca de um mês, o desaparecimento da menina Vainame de Jesus. Descobriram que ela foi à Itália para um passeio que deveria demorar apenas três meses. A permanência naquele país já completou um ano e oito meses.
A Justiça italiana comunicou que uma família está cuidando da menina. Para o repatriamento foram pedidos alguns documentos, entre eles uma solicitação formal dos pais, enviados na última quinta-feira por fax e pelo correio.
Quando a história do desaparecimento começava a despontar em alguns jornais de Cascavel, por reclamação dos pais de Vainame, Manoel e Maria de Farias, o padre italiano Francesco Ape, da Paróquia São Pedro, procurou o MP para contar que, em março de 2003, a menina, na época com 11 anos, viajou à Itália, com o consentimento dos pais e autorização da Justiça, em companhia do casal italiano Antonio e Ana Dinoi, seus amigos.
Segundo o padre relatou à promotora Luciana Linero, depois de chegar a Taranto, no sul da Itália, a família italiana procurou o serviço de saúde para se informar sobre um seguro para estrangeiro. Foi quando a Justiça reteve a menina, encaminhando-a a um abrigo. "De acordo com o padre, o casal tentou resolver a situação, mas foi impedido e não lhe deram mais informações", disse a promotora. O padre afirmou então que tentou se comunicar com autoridades italianas para resolver o problema, mas que não teve sorte.
"Ouvi os pais que confirmaram mais ou menos a história", afirmou Luciana. De acordo com ela, o que ainda está obscuro é o motivo da demora na comunicação do desaparecimento da menina. "Os pais disseram que o padre lhes falava para não procurar a Justiça nem a imprensa, porque ele estaria tentando resolver e que isso não seria bom", acentuou. No entanto, o padre nega, dizendo que comunicou o problema à família, sem proibir qualquer atitude.
A promotora ouviu também uma moça da paróquia que viajou junto para aprimorar o italiano, servir como intérprete e, se possível, arrumar emprego. Como era maior de idade não teve problemas. Ela retornou ao fim dos três meses e disse que a menina foi detida quando foram ao ofício de imigração, após passarem pela alfândega. A moça contou ao Ministério Público que os oficiais teriam alegado que a idade da menina poderia levar a supor que ela seria vítima de pedofilia.
A Justiça e o Ministério Público em Cascavel entraram em contato com o Ministério das Relações Exteriores que está trabalhando, por meio da embaixada, na tentativa de liberação da menina. As informações fornecidas pela Justiça italiana são de que ela está bem, vivendo sob tutela judicial, que está estudando e que não há interesse da família à qual foi entregue em adotá-la. "A informação foi sucinta e não passaram o motivo de mantê-la lá", disse a promotora. Nem mesmo o local onde ela está foi passado à embaixada.
A promotora afirmou que foi feito um estudo social com as pessoas que conviveram com os pais da criança para investigar se houve o recebimento de algum benefício, o que caracterizaria crime, com pena de detenção de um a quatro anos para os pais e de seis a dez anos para um possível intermediário. "Em momento algum houve relato disso", acentuou. No entanto, como um canal de televisão de Cascavel ouviu pessoas que levantam a hipótese de venda da criança, ela está requisitando a fita e pedirá instauração de inquérito para apurar possível crime.
A Justiça italiana comunicou que uma família está cuidando da menina. Para o repatriamento foram pedidos alguns documentos, entre eles uma solicitação formal dos pais, enviados na última quinta-feira por fax e pelo correio.
Quando a história do desaparecimento começava a despontar em alguns jornais de Cascavel, por reclamação dos pais de Vainame, Manoel e Maria de Farias, o padre italiano Francesco Ape, da Paróquia São Pedro, procurou o MP para contar que, em março de 2003, a menina, na época com 11 anos, viajou à Itália, com o consentimento dos pais e autorização da Justiça, em companhia do casal italiano Antonio e Ana Dinoi, seus amigos.
Segundo o padre relatou à promotora Luciana Linero, depois de chegar a Taranto, no sul da Itália, a família italiana procurou o serviço de saúde para se informar sobre um seguro para estrangeiro. Foi quando a Justiça reteve a menina, encaminhando-a a um abrigo. "De acordo com o padre, o casal tentou resolver a situação, mas foi impedido e não lhe deram mais informações", disse a promotora. O padre afirmou então que tentou se comunicar com autoridades italianas para resolver o problema, mas que não teve sorte.
"Ouvi os pais que confirmaram mais ou menos a história", afirmou Luciana. De acordo com ela, o que ainda está obscuro é o motivo da demora na comunicação do desaparecimento da menina. "Os pais disseram que o padre lhes falava para não procurar a Justiça nem a imprensa, porque ele estaria tentando resolver e que isso não seria bom", acentuou. No entanto, o padre nega, dizendo que comunicou o problema à família, sem proibir qualquer atitude.
A promotora ouviu também uma moça da paróquia que viajou junto para aprimorar o italiano, servir como intérprete e, se possível, arrumar emprego. Como era maior de idade não teve problemas. Ela retornou ao fim dos três meses e disse que a menina foi detida quando foram ao ofício de imigração, após passarem pela alfândega. A moça contou ao Ministério Público que os oficiais teriam alegado que a idade da menina poderia levar a supor que ela seria vítima de pedofilia.
A Justiça e o Ministério Público em Cascavel entraram em contato com o Ministério das Relações Exteriores que está trabalhando, por meio da embaixada, na tentativa de liberação da menina. As informações fornecidas pela Justiça italiana são de que ela está bem, vivendo sob tutela judicial, que está estudando e que não há interesse da família à qual foi entregue em adotá-la. "A informação foi sucinta e não passaram o motivo de mantê-la lá", disse a promotora. Nem mesmo o local onde ela está foi passado à embaixada.
A promotora afirmou que foi feito um estudo social com as pessoas que conviveram com os pais da criança para investigar se houve o recebimento de algum benefício, o que caracterizaria crime, com pena de detenção de um a quatro anos para os pais e de seis a dez anos para um possível intermediário. "Em momento algum houve relato disso", acentuou. No entanto, como um canal de televisão de Cascavel ouviu pessoas que levantam a hipótese de venda da criança, ela está requisitando a fita e pedirá instauração de inquérito para apurar possível crime.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/366766/visualizar/
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