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Educação/Vestibular
Terça - 30 de Novembro de 2004 às 12:10

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Imagine uma escola onde não existem salas, mas continentes. São salas ambientes com temáticas voltadas para cada área de conhecimento. As ambiências educativas foram distribuídas para atender a imaginação, o prazer, a construção e a arte. São os alunos que trocam de salas e não os professores.

Esses ambientes são divididos em cinco continentes: o da Comunicação, o da Arte, o da Construção, o da Imaginação e o do Prazer. Os alunos “viajam” pelo Planeta Criança e, em cada continente, envolvem-se em atividades educativas e lúdicas.

As turmas recebem nomes de brinquedos ou brincadeiras: “passa anel”, “amarelinha”, “pula corda”, “pega-pega”, “esconde-esconde”, “dominó”, “iô-iô”, “pipa”, “bola” e “bambolê”.

Na rede municipal de ensino, são 10 escolas municipais que optaram por trabalhar com projetos inovadores e não se arrependeram. Os resultados são excelentes: ninguém quer voltar ao sistema antigo. Aprovação é geral dos professores, pais e crianças. As atuais 10 escolas tiveram iniciativa própria, solicitando a consultoria da Secretaria Municipal de Educação, que não mediu esforços para a implantação do projeto. Para os assessores da Secretaria Municipal de Educação, a inovação educativa nessas escolas está associada à mudança – das escolas e do corpo docente. Ela permite estabelecer relações significativas entre diferentes saberes, de maneira progressiva.

Segundo o secretário municipal de educação de Cuiabá Carlos Maldonado, esses projetos inovadores, de maneira geral, enraizaram-se onde existiam equipes docente fortes e estáveis, abertas à mudança e com vontade de compartilhar objetivos. Tudo visando a melhoria ou a transformação da escola. Ele lembra que a principal força impulsora da mudança pedagógica foram os professores que trabalham em regime de 40 horas.

Nas experiências desenvolvidas nas escolas com projetos inovadores pode-se perceber que o tempo educativo é flexível, para alunos e professores, que se organizam dentro e fora da escola para a realização das atividades diversificadas.

A diretora da Escola Municipal Juarez Sodré, Maria Eline Pedrosa Lopes, diz que a proposta traz resultados positivos. “Os alunos saem daqui com desenvolvimento global completo. Eles saem alfabetizados e com o domínio da linguagem e da matemática”, diz a diretora.

Maria Eline ressalta que os estudantes, aos seis anos, saem prontos para a continuidade do aprendizado. “Não os preparamos. Eles saem preparados”. A escola que é uma das primeiras a inovar, conta com 307 alunos de quatro a seis anos.

A diretora explica que o maior problema enfrentado é na hora da matrícula. Os pais fazem fila e disputam as vagas a tapa.




Fonte: Diário de Cuiabá

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