Sobre o pênis, terapeuta derruba o mito do “tamanho não é documento”
"DaquiDali": saiba mitos e verdades sobre o orgasmo feminino
O DaquiDali já te contou como identificar o orgasmo feminino, também conversou com uma especialista em ginástica íntima, que ensinou técnicas de pompoarismo paraprolongar o prazer através de exercícios que fortalecem a musculatura da vagina. Acha que é o suficiente? Espere até conhecer cinco mitos e verdades sobre o êxtase sexual, segundo a terapeuta Ana Canosa.
O orgasmo não acontece só com a penetração
Considerada parte importante do sexo, a penetração não está diretamente relacionada com a intensidade de orgasmos que uma mulher pode ter. “Aliás, a maioria delas não consegue chegar ao clímax sem estimulação clitoriana junto. Isso porque o canal da vagina tem menos terminações nervosas do que o clitóris”, explica Ana.
A mulher pode ter uma descarga de prazer via penetração, assim como pelo sexo anal, oral e até sem estimulação nenhuma, diz a terapeuta. A troca de carícias, a masturbação e mesmo o roçar dos corpos são ferramentas poderosas que afloram e intensificam o gozo feminino. Há ainda, relatos de quem diz sentir mais prazer com toques ou massagens no clitóris, se comparado à penetração.
Tamanho é documento? Pode ser!
Muito se fala sobre o tamanho do pênis e de que o prazer feminino não dependesse única e exclusivamente de suas medidas totais, comprimento versus diâmetro. “Teve uma época em que a sexologia defendia o mito de que ‘tamanho não é documento’. Se a maioria das mulheres não têm orgasmos com penetração, o fato de o homem ter um órgão menor não alteraria em quase nada se a parceira tivesse outras técnicas à sua disposição, como por exemplo, a estimulação clitoriana”. Para quem tem orgasmos via penetração, diz a terapeuta, tamanho é documento, sim! “Se ela tem uma relação com um pênis muito pequeno, ou fino, por exemplo, pode atrapalhar o processo de orgasmos. Mas se essa mesma mulher levar em conta que existem outras maneiras de estímulo, então necessariamente tamanho não é documento”.
Orgasmos múltiplos nem sempre são melhores que os únicos
A façanha de se atingir uma multiplicidade de prazer sexual e acreditar que isso seria incrivelmente melhor do que um único orgasmo é mito para a terapeuta Ana Canosa. “Primeiro que nem toda mulher tem orgasmos múltiplos. Geralmente elas relatam que têm ‘mini orgasmos’, não muito intensos. A variação da intensidade depende muito do estado dela, do quanto está se entregando àquela determinada relação. Isso é o que interfere”.
Preliminar longa, garantia de prazer maior
Conhecida também como ‘esquenta’ para o sexo, os beijos, os ‘amassos’ e os toques nas partes íntimas funcionam como espécie de grande intensificador do prazer desde que sejam boas e bem feitas. “A prática do não sexo, em que os parceiros ficam só na ‘pegação’ pode levar, sim, ao orgasmo feminino. Isso mostra que ela pode gozar de diversas maneiras, desde que esteja conectada com o prazer. Se a mulher deixar seu corpo reagir, é capaz de ter orgasmo só com a pegação, mesmo”.
Orgasmo juntos: bom, ruim ou tanto faz?
Outro mito sobre clímax é acreditar que um dos maiores prazeres sexuais pode ser atingido ao mesmo tempo pelo casal. “Muito difícil! São dois corpos que funcionam de forma diferente, em dias diferentes. O homem conseguir controlar a ejaculação a ponto de gozar junto a com a parceira não é tarefa fácil. Exige um grau de intimidade e conhecimento do outro muito grande. Além dessa variação de disposição do dia”. O importante, diz a terapeuta, é que a mulher explore seu próprio corpo e tente ter orgasmos de várias maneiras.
Aurora Aguiar
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