Polícia faz maior apreensão de crack do Rio

Rio de Janeiro - Depois de cinco meses de investigação, policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) prenderam o traficante Sérgio Gonçalves Fernandes, o Hugo, de 34 anos, que havia levado de São Paulo 15 quilos de cocaína e cinco quilos de crack para serem distribuídos em duas favelas cariocas. Segundo a polícia, essa foi maior apreensão de crack no Rio, e as investigações vão prosseguir para descobrir se há uma quadrilha atuando nos dois Estados. O quilo do crack chega a valer R$ 10 mil e o da cocaína R$ 8 mil.

Hugo foi preso por volta de 10 horas de domingo, na Via Dutra, altura da cidade de Resende, no sul fluminense. Ele teve sua picape interceptada pelos policiais da DRE que montaram uma barreira na estrada. Com o bandido, que já tinha mandado de prisão por tráfico de drogas, estava um paulista que não teve o nome revelado e será investigado como integrante do esquema.

A droga estava distribuída em tabletes de um quilo e foi encontrada com o comparsa de Hugo, o motorista Marcondes Dantas de Araújo, de 34 anos. Ele foi preso em casa, na favela do Lixão, em Duque de Caxias (Baixada Fluminense) após ser delatado pelo traficante. Araújo havia escondido o crack e a cocaína num fundo falso de sua picape, na caçamba.

A polícia recebeu informações de que na sexta-feira Hugo havia ido a São Paulo para buscar os entorpecentes. O chefe de Polícia Civil, delegado Álvaro Lins, se surpreendeu com a quantidade de crack encontrada. "O Rio não tem comércio de crack porque ele não é aceito; é uma droga barata e leva à morte em pouco tempo. Temos registros de apreensões em quantidades mínimas, mas atacadistas, como o Hugo, não é comum. A gente tem de investigar essa ligação CV e PCC. Essa droga não entrava aqui e isso preocupa", disse Lins.