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Internacional
Terça - 30 de Novembro de 2004 às 01:20

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Os mineiros do jazigo de carvão que explodiu na província de Shaanxi, na China, foram obrigados a trabalhar apesar dos sinais de que poderia ocorrer um acidente. O número de mortos, segundo dados oficiais, já chega a 63.

Em 22 de novembro, uma semana antes da explosão de gás na mina estadual de Chenjiashan, ocorreu um incêndio em um dos poços, mas a produção "nunca parou", relatou ao jornal oficial China Daily um mineiro. "As equipes contra incêndios trabalharam para sufocá-lo durante quase uma semana", contou.

Embora alguns empregados tenham resistido a descer ao poço devido ao incêndio, os diretores ameaçaram multá-los em US$ 20 dólares ao dia ou despedi-los. O salário mensal de um mineiro é de US$ 250.

Segundo o Departamento de Minas de Tongchuan, a quantidade de carvão que o poço deveria extrair de acordo com o planejamento oficial era de 1,8 milhão de toneladas, mas se chegasse a 2,2 milhões de toneladas, os responsáveis embolsariam mais de US$ 3 mil como recompensa.

O número de mortos aumentou para 63, e há poucas esperanças de encontrar com vida os 103 mineiros desaparecidos. Se nenhum dos trabalhadores presos tiver sobrevivido, será um dos acidentes mineiros mais graves da última década na China.

O alto índice de concentração de monóxido de carbono na mina, mortal para o ser humano, dificulta as operações de resgate e diminui as possibilidades de sobrevivência dos 103 presos.




Fonte: Agência EFE

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