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Cidades/Geral
Sexta - 26 de Novembro de 2004 às 16:50

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As for-mandas do Projeto Pró-Mulher, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Ação Social de Tangará da Serra, realizou na tarde de ontem a I Exposição de Artesanatos do Programa Pró-Mulher. Além de marcar o encerramento das atividades em 2004, a exposição veio como uma oportunidade para as participantes socializarem seus trabalhos confeccionados ao longo do ano.

O projeto foi dividido em três etapas, e já atendeu mais de mil mulheres, distribuídas em 40 bairros do município, além dos distritos. Segundo a secretária municipal de ação social, Kátia Gouveia, a idéia de realizar a Exposição foi oportunizar as participantes a mostrar para a comunidade todos os trabalhos confeccionados. “Além disso, será muito importante para implantar a partir do próximo governo uma cooperativa para atender a categoria, de forma que elas poderão organizar melhor seus trabalhos e comercializarem seus produtos, de onde elas terão uma nova fonte de renda”, afirmou, satisfeita com o público presente.

Para a artesã Dirce Vieira dos Santos, moradora na comunidade do Acampamento, que participa do projeto deste o início do ano, foi muito gratificante ter acesso aos cursos e poder participar da exposição. “Além de ser uma ótima terapia trabalhar com artesanato, proporciona uma nova fonte de renda para a família”, disse, acrescentando que em suas obras estão os trabalhos com arranjos florais, bonecas, telas e pintura em tecido. e um dos desejo das mulheres da comunidade onde ela mora é que o projeto tenha continuidade no próximo ano.

“Esse é um projeto muito válido, que merece investimento e mais tempo para o treinamento”, afirmou Valdinéia Florentino Amorin, moradora na Vila Goiânia , que este ano participou pela primeira vez, e garante que no próximo ano continuará fazendo parte se o projeto tiver continuidade. Ela trabalha com a confecção de hardanje. Simoni Fujihara Rocha, moradora no Jardim Santiago, participou apenas desta terceira etapa do projeto, mas já tem várias peças confeccionadas e prontas para serem comercializadas. “Foi a primeira vez que fiz pintura em tecido, e valeu a pena. Se o ano que vem tiver, com certeza vou continuar fazendo”, acrescentou.

Tangará da Serra é município que além de ter uma bela riqueza natural, tem também excelentes artesãos que sabem utilizar diversas matérias primas e adaptar em lindas peças artesanais, prova disso foi a grande variedade de material exposto.

HISTÓRIA - O Artesanato pode ser definido como a execução de trabalho manual, com ou sem ajuda de ferramentas e mecanismos caseiros, que as pessoas dão às matérias brutas, sobras e lixo do consumo industrial, visando produzir peças utilitárias, artísticas e recreativas, com ou sem fim comercial.

Os primeiros artesãos surgiram no período neolítico (6.000 a.c) quando o homem aprendeu a polir a pedra, a fabricar a cerâmica como utensílio para armazenar e cozinhar alimentos e descobriu a técnica de tecelagem das fibras animais e vegetais. No Brasil, o surgimento do artesanato ocorreu, também, neste período. Pesquisas permitiram identificar uma industria lítica e fabricação de cerâmica por etnias de tradição Agreste que viveram no sudeste do Piauí a 6000 a.c.

Num período mais recente, os índios foram os nossos primeiros artesãos. Quando os portugueses chegaram ao Brasil encontraram uma civilização que dominava a arte da pintura utilizando os pigmentos naturais, a cestaria e a cerâmica.

VARIEDADE - Artesão-artista: é aquele que por sua criatividade, originalidade, graciosidade e perícia produz peças que provocam profundo sentimento de admiração naqueles que as observam. Exemplos: talhadores, gravadores, escultores, pintor ingênuo (arte naif) etc.

Artesão-artesão: é aquele que trabalha em série, muitas vezes com ajuda de ferramentas e mecanismos rudimentares, produzindo dezenas de peças, centrado mais no aspecto utilitário das peças que produz que em despertar no observador o sentimento de beleza.




Fonte: Diário da Serra

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