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Manifestos celebram o Dia da Não-Violência contra a Mulher
Pela primeira vez no Estado, entidades de apoio e proteção à mulher vítima de violência conseguiram mobilizar a sociedade civil e articular com representações do estado. O resultado foi o evento sobre a violência contra a mulher realizado nesta quinta-feira (25/11), durante todo o dia em Cuiabá. O Dia da Não Violência Contra a Mulher” aconteceu simultaneamente em diversos estados do país. Na capital reuniu centenas de pessoas na Praça Alencastro.
Pelo menos 500 pessoas participaram da mobilização, entre funcionários da Secretaria de Estado de Saúde, Juizado Especial Criminal, Instituto Médico Legal, representantes do Fórum de Articulação das Mulheres de Mato Grosso e a Polícia Judiciária Civil, representada pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher.
De acordo com a delegada titular da Delegacia da Mulher, Silvia Virgínia Biagi Ferrari, dos casos de violência doméstica que são registrados na delegacia, em 99% deles são cometidos por pessoas que foram criadas em uma família em que a violência era prática comum.
A delegada adjunta Carla Patrícia de Oliveira aponta que a violência contra a mulher atinge todas as raças e classes sociais de diversas formas que podem ir desde ameaças, lesões corporais, estupro, assassinato ou tentativa de assassinato a assédio sexual, calúnia, difamação, abandono material e xingamento.
Durante o evento foram distribuídos panfletos informativos sobre o que pode ser feito em casos de violência, os procedimentos que as mulheres devem adotar, além de atrações artísticas. “O requisito para uma mulher que sofre violência é que ela primeiramente registre a ocorrência na delegacia, depois vá ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer o Exame de Corpo de Delito e, em seguida, ao pronto-socorro”, informa um dos panfletos.
Nas delegacias da Mulher do Estado - em Cuiabá, Rondonópolis e Barra do Garças - são registradas em média 15 queixas por dia. Em 2003 foram registradas 2.019 ocorrências, sendo que a maior porcentagem está relacionada à violência dentro de casa, tendo 38,7% de crimes de ameaça e 33,8% de lesão corporal como as maiores incidências.
Com relação à violência sexual corresponde a 3,3% das ocorrências registradas.
Segundo informações das delegadas, até o momento foram registradas 1.902 ocorrências, o que corresponde a pelo menos cinco casos por dia. “Temos que resslatar que muitas vezes não que a violência aumentou, mas sim que as mulheres estão tendo mais coragem e denunciado mais os agressores. Isso é significativo”, lembra Sílvia Vírgina.
A segunda delegada que esteve à frente da Especializada, hoje aposentada, considerou fantástica a iniciativa. Conforme Célia Torrezan, é gritante a coragem que a mulher de hoje tem em denunciar. “Elas são mais corajosas e sabem que podem contar com amparo legal. A nossa dificuldade quando estive na Delegacia era: sabia que tinha mas não podia atuar de fato, elas se recusavam a denunciar o agressor”, destaca a delegada que trabalhou na Especializada entre 1986 e 1990.
A presença de homens no evento foi comemorado pelos organizadores. Delegados de Cuiabá e Várzea Grande, além de maridos e transeuntes fizeram questão de parar por alguns instantes e conferir os manifestos que foram feitos durante o dia.
Pelo menos 500 pessoas participaram da mobilização, entre funcionários da Secretaria de Estado de Saúde, Juizado Especial Criminal, Instituto Médico Legal, representantes do Fórum de Articulação das Mulheres de Mato Grosso e a Polícia Judiciária Civil, representada pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher.
De acordo com a delegada titular da Delegacia da Mulher, Silvia Virgínia Biagi Ferrari, dos casos de violência doméstica que são registrados na delegacia, em 99% deles são cometidos por pessoas que foram criadas em uma família em que a violência era prática comum.
A delegada adjunta Carla Patrícia de Oliveira aponta que a violência contra a mulher atinge todas as raças e classes sociais de diversas formas que podem ir desde ameaças, lesões corporais, estupro, assassinato ou tentativa de assassinato a assédio sexual, calúnia, difamação, abandono material e xingamento.
Durante o evento foram distribuídos panfletos informativos sobre o que pode ser feito em casos de violência, os procedimentos que as mulheres devem adotar, além de atrações artísticas. “O requisito para uma mulher que sofre violência é que ela primeiramente registre a ocorrência na delegacia, depois vá ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer o Exame de Corpo de Delito e, em seguida, ao pronto-socorro”, informa um dos panfletos.
Nas delegacias da Mulher do Estado - em Cuiabá, Rondonópolis e Barra do Garças - são registradas em média 15 queixas por dia. Em 2003 foram registradas 2.019 ocorrências, sendo que a maior porcentagem está relacionada à violência dentro de casa, tendo 38,7% de crimes de ameaça e 33,8% de lesão corporal como as maiores incidências.
Com relação à violência sexual corresponde a 3,3% das ocorrências registradas.
Segundo informações das delegadas, até o momento foram registradas 1.902 ocorrências, o que corresponde a pelo menos cinco casos por dia. “Temos que resslatar que muitas vezes não que a violência aumentou, mas sim que as mulheres estão tendo mais coragem e denunciado mais os agressores. Isso é significativo”, lembra Sílvia Vírgina.
A segunda delegada que esteve à frente da Especializada, hoje aposentada, considerou fantástica a iniciativa. Conforme Célia Torrezan, é gritante a coragem que a mulher de hoje tem em denunciar. “Elas são mais corajosas e sabem que podem contar com amparo legal. A nossa dificuldade quando estive na Delegacia era: sabia que tinha mas não podia atuar de fato, elas se recusavam a denunciar o agressor”, destaca a delegada que trabalhou na Especializada entre 1986 e 1990.
A presença de homens no evento foi comemorado pelos organizadores. Delegados de Cuiabá e Várzea Grande, além de maridos e transeuntes fizeram questão de parar por alguns instantes e conferir os manifestos que foram feitos durante o dia.
Fonte:
Secom - MT
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/367143/visualizar/
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