Suspeito preso com 32 papelotes de pasta-base

Um grupo de inteligência do 9º Batalhão da Polícia Militar prendeu na madrugada de ontem, nas proximidades do Posto São Mateus, Gilson Gonçalves da Silva, 40 anos, conhecido como “Paulista”.

Ele é suspeito de ser um dos principais traficantes de drogas da região do Coxipó.

Com ele, a polícia apreendeu 32 “cabecinhas” de pasta-base de cocaína.

Depois desta apreensão, a PM vasculhou a casa do acusado, onde foi encontrada uma outra quantidade da mesma droga (aproximadamente 250 gramas) que estava embrulhada numa sacola plástica e enterrada próximo à cerca de arame do quintal da casa

Ana Rita Messias, que se identificou como esposa de “Paulista”, também foi presa.

“Eu não trafico, só sou viciada. Eu vivo pedindo para ele parar de mexer com isso e ele também sempre me pede para deixar esse vício, mas eu não consigo e e o problema dele são as amizades”, disse Ana, sem citar quem seriam os “amigos” de tráfico do marido.

“Paulista” se disse inocente e que, quando foi detido pela polícia, num bar perto do posto, estava ali apenas “tomando uma coca-cola com conhaque”.

Ele ainda afirmou que estava sendo injustiçado.

“Eu sou um qualquer, um zé ninguém. Sou pobre e não tenho condições de chefiar quadrilha nenhuma”, frisou em tom do ironia.

Segundo o capitão PM Pereira, do 9º Batalhão, cada “cabecinha” estava sendo vendida por “Paulista”, pelo valor de R$ 5.

A operação

Durante vários dias, policiais à paisana se infiltraram nos arredores do posto São Mateus, onde há muita incidência de venda de drogas.

Nos arredores do posto, há bares freqüentados por boêmios, caminhoneiros e garotas de programa.

Ali seria ponto fixo de “Paulista”, conforme adiantou a PM. “Nosso trabalho foi minucioso. Passamos dias e dias observando esse local, fizemos várias sondagens até conseguir reunir provas suficientes para efetuarmos a prisão. Na casa dele, sondamos os hábitos dele e da mulher e descobrimos onde escondia a droga”, lembrou o capitão Pereira, acrescentando que “Paulista” já tem passagens pela polícia por tráfico. Na 12ª Vara Criminal, há um processo por homicídio qualificado.