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Polícia Brasil
Quinta - 25 de Novembro de 2004 às 08:27
Por: Daniele Danchura

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Um arsenal com 15 armas foi apreendido pela Polícia Federal na reserva indígena Suia Missu em uma ação conjunta com a Polícia Militar. Foram 11 espingardas, três revólveres e um fuzil, este apreendido com índios xavante. O restante das armas foi encontrado nas casas de alguns posseiros em fazendas e chácaras da região e também na vila Posto da Mata. A operação aconteceu no dia 19 de novembro (sexta-feira) e é inédita em Mato Grosso.

O delegado federal que comandou a operação, José Vilela, explicou que foi expedido um mandado de busca e apreensão no dia 18 de outubro, pelo juiz federal da 5ª Vara, José Pires.

A determinação aconteceu para evitar que mais conflitos agrários entre os índios e os posseiros acontecessem na região, já que no dia seis de outubro dois adolescentes xavante foram baleados às margens da rodovia BR-158, sendo que os tiros foram disparados por um homem que estava na garupa de uma motocicleta.

Participaram da operação 50 agentes da Polícia Federal e 50 policiais militares, que foram comandados pelo coronel Adaildon Evaristo de Moraes. No local existem 65 casas indígenas, onde residem aproximadamente 600 índios. Na vila Posto da Mata existem dois mil habitantes. A extensão total da reserva é de 180 mil hectares.

Além dos policiais federais de Mato Grosso, também participaram da operação como apoio policiais federais de Goiás, além da PM. “Como a PM tem unidades mais próximas do local e vem acompanhando a situação de mais perto a participação da corporação, foi de suma importância para aumentar o efetivo e garantir a segurança da ação”, explicou o delegado Vilela.

Segundo, um grande efetivo foi necessário, já que a nação xavante é guerreira por natureza. “De certa forma, os xavante só colaboraram por causa do efetivo avantajado que foi até o local, caso contrário com certeza teriam reagido à nossa presença”, salientou o delegado.

Ele explicou ainda que as armas serão periciadas e encaminhadas, provavelmente, para a destruição. “Cada arma que foi encontrada será acompanhada de um documento com a identificação da pessoa que estava com a mesma e aparecendo a necessidade de serem tomadas as medidas judiciais estas serão tomadas, até porque, no caso do fuzil, é uma arma de uso restrito militar e pode ter sido utilizada em outras ações ilegais”, completou.

Vilella disse ainda que é possível que haja outras armas nas fazendas, mas que para uma operação realizada em apenas um dia o resultado foi bem positivo. “Se a situação se agravar novamente é possível que a Justiça designe novamente forças policiais para aquela região”, considerou o delegado.

Os policiais federais e militares chegaram à aldeia por volta das sete horas e cercaram o local.




Fonte: Folha do Estado

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