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Camelôs se instalam atrás do Ganha Tempo
Os camelôs e a Prefeitura de Cuiabá firmaram acordo esta semana prevendo uma trégua a briga pela ocupação da área central. Pelos próximos 36 dias (até 31 de dezembro) nenhum fiscal importunará os ambulantes que ocuparam a Travessa Coronel Poupino, entre a avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha) e a rua 13 de junho, atrás do prédio do Ganha Tempo.
Esse novo espaço foi subdividido entre 65 camelôs expulsos recentemente das ruas e praças centrais. Cada um ganhou um ponto de pouco mais de um metro quadrado para instalar sua banca sem nenhum custo e com a garantia de lá permanecer até o último dia do ano. Mas 13 vagas, cedidas a vendedores que se recusam a deixar as calçadas das principais ruas, continuam desocupadas.
Eduardo Caetano Moura, de 28 anos, membro da comissão criada para negociar a trégua, acha que no lugar onde estão agora nenhum comerciante ou pedestre pode reclamar. “Não obstruímos calçadas e nem concorremos diretamente com o comércio”, argumentou Moura. Conforme ele, o único custo que os camelôs tiveram foi com a taxa de R$ 4, paga pela contratação do serviço de som ambulante que percorre as vias centrais avisando do novo endereço do “camelodrômo central”.
Moura observa que a travessa que ocuparam era um espaço pouco usado, que servia de sanitário público ou de abrigo para mendigos e dependentes de drogas. “Nossa ocupação teve o apoio dos comerciantes”, garantiu.
Mas Eduardo Moura, Noracil de Almeida, Eliane Imaculada, Márcia Ratts e outros camelôs já estão preocupados com o que pode acontecer com eles na nova administração municipal. “Gostaríamos de permanecer nessa rua”, diz a ex-doméstica Eliane Imaculada, de 25 anos, que em pouco mais de um ano viu sua vida se transformar. “Eu ganhava um salário mínimo, agora tiro mais de R$ 1 mil por mês”, comemorou ela, acrescentando que não pensa, e não quer, voltar a ser empregada doméstica.
Márcia Ratts, de 35 anos, separada, dois filhos, planeja continuar na área central vendendo panelas, conchas, socador de alho e outros utensílios de alumínio batido. A única queixa é sobre a queda do movimento. “Mas acho que isso vai mudar. É que acabamos de nos instalar nessa rua”, avaliou ela.
Além da conquista dessa travessa como ponto fixo de camelôs, Noracil de Almeida, que também integra a comissão, faz planos para discutir com a prefeitura a liberação de uma rua central todos os domingos para criação da “feira hippie”, onde os vendedores dos mais diversos segmentos pudessem expôs seus produtos.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Roberto de Carvalho, acredita que a nova instalação dos camelôs foi uma saída provisória encontrada pela prefeitura para acomodá-los. Pelo que se vê, diz ele, a solução definitiva ficará mesmo para o novo prefeito, Wilson Santos. Mas Carvalho entende que aos ambulantes deveriam ser aplicadas às regras gerais da legislação para o comércio, que exigem que os produtos oferecidos aos consumidores tenham origem legal.
Esse novo espaço foi subdividido entre 65 camelôs expulsos recentemente das ruas e praças centrais. Cada um ganhou um ponto de pouco mais de um metro quadrado para instalar sua banca sem nenhum custo e com a garantia de lá permanecer até o último dia do ano. Mas 13 vagas, cedidas a vendedores que se recusam a deixar as calçadas das principais ruas, continuam desocupadas.
Eduardo Caetano Moura, de 28 anos, membro da comissão criada para negociar a trégua, acha que no lugar onde estão agora nenhum comerciante ou pedestre pode reclamar. “Não obstruímos calçadas e nem concorremos diretamente com o comércio”, argumentou Moura. Conforme ele, o único custo que os camelôs tiveram foi com a taxa de R$ 4, paga pela contratação do serviço de som ambulante que percorre as vias centrais avisando do novo endereço do “camelodrômo central”.
Moura observa que a travessa que ocuparam era um espaço pouco usado, que servia de sanitário público ou de abrigo para mendigos e dependentes de drogas. “Nossa ocupação teve o apoio dos comerciantes”, garantiu.
Mas Eduardo Moura, Noracil de Almeida, Eliane Imaculada, Márcia Ratts e outros camelôs já estão preocupados com o que pode acontecer com eles na nova administração municipal. “Gostaríamos de permanecer nessa rua”, diz a ex-doméstica Eliane Imaculada, de 25 anos, que em pouco mais de um ano viu sua vida se transformar. “Eu ganhava um salário mínimo, agora tiro mais de R$ 1 mil por mês”, comemorou ela, acrescentando que não pensa, e não quer, voltar a ser empregada doméstica.
Márcia Ratts, de 35 anos, separada, dois filhos, planeja continuar na área central vendendo panelas, conchas, socador de alho e outros utensílios de alumínio batido. A única queixa é sobre a queda do movimento. “Mas acho que isso vai mudar. É que acabamos de nos instalar nessa rua”, avaliou ela.
Além da conquista dessa travessa como ponto fixo de camelôs, Noracil de Almeida, que também integra a comissão, faz planos para discutir com a prefeitura a liberação de uma rua central todos os domingos para criação da “feira hippie”, onde os vendedores dos mais diversos segmentos pudessem expôs seus produtos.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Roberto de Carvalho, acredita que a nova instalação dos camelôs foi uma saída provisória encontrada pela prefeitura para acomodá-los. Pelo que se vê, diz ele, a solução definitiva ficará mesmo para o novo prefeito, Wilson Santos. Mas Carvalho entende que aos ambulantes deveriam ser aplicadas às regras gerais da legislação para o comércio, que exigem que os produtos oferecidos aos consumidores tenham origem legal.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/367258/visualizar/
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