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Polícia reconstitui crime contra estudante na Imigrantes
São Paulo - O assassinato do estudante de jornalismo Thomas Sharzenberg Vicente, de 19 anos, no dia 29 de agosto na Rodovia dos Imigrantes, foi reconstituído no início da tarde desta quarta-feira. Os estudantes Marcos Mazini e Priscila Basile, que estavam no carro da vítima no dia do incidente, participaram da simulação, que também teve a participação do Ministério Público (MP), e da Polícia Civil e Científica de São Vicente.
O policial militar Clécio Barbosa Aires, acusado de ter matado o estudante, não compareceu à diligência. Para o promotor público Manoel Torralbo, responsável pela acusação, a não participação do réu, denota a culpa dele. "Pela psicologia forense o não comparecimento do acusado mostra claramente o não interesse dele em provar sua inocência. O Ministério Público não tem dúvidas de que o policial agiu voluntariamente ao atirar no estudante", diz ele.
A reconstituição foi feita no km 51 da Rodovia dos Imigrantes, pista de subida, mesmo local onde o estudante foi morto. Durante a simulação, os estudantes que testemunharam o fato mantiveram o discurso de que o amigo foi morto sem esboçar qualquer reação. "No túnel, o carro do Thomas (vítima) esbarrou no veículo do policial sem qualquer intenção. Foi quando escutamos um tiro. Em seguida, o Tempra que o policial dirigia fechou o Gol em que estávamos. O policial desceu do carro e atirou contra a cabeça do Thomas, que no reflexo acelerou o veículo", detalhou o estudante Marcos Mazini.
Antes de ser preso, o policial afirmara ter agido em legítima defesa, já que o estudante teria avançado o carro contra ele, chegando até a atingi-lo na perna. Torralbo disse que o réu não tem sustentação legal para continuar bancando essa tese. Segundo ele, um laudo emitido pelo hospital militar do Presídio Romão Gomes, onde Clécio está preso desde o dia do crime, constata que não houve nenhuma lesão que pudesse ter sido provocada pelo choque com um veículo. "É mais uma prova de que ele está blefando. Essa simulação foi importante para colhermos detalhes e incriminá-lo futuramente no júri popular".
Defesa: "cliente não foi notificado" - O advogado Marcos Ribeiro de Freitas, representante jurídico de Clécio, disse que até a última terça-feira nenhuma requisição da Justiça havia chegado ao cliente, que está preso no Romão Gomes. Em função disso, afirmou que irá pedir a nulidade da reconstituição. "Vou entrar com pedido para anular a diligência. Meu cliente não foi notificado oficialmente da operação. Então, não há nenhum sentido nesta reconstituição, que só possibilitou uma versão dos fatos".
Ainda segundo o advogado, o policial foi orientado a participar da diligência. "Eu não posso obrigá-lo a participar, no entanto, pedi a ele que estivesse presente quando fosse requisitado", contou Freitas. Clécio foi denunciado por homicídio qualificado e crime praticado por motivo fútil, sem chance de defesa para a vítima. Ele pode ser condenado de 12 a 30 anos de prisão.
O policial militar Clécio Barbosa Aires, acusado de ter matado o estudante, não compareceu à diligência. Para o promotor público Manoel Torralbo, responsável pela acusação, a não participação do réu, denota a culpa dele. "Pela psicologia forense o não comparecimento do acusado mostra claramente o não interesse dele em provar sua inocência. O Ministério Público não tem dúvidas de que o policial agiu voluntariamente ao atirar no estudante", diz ele.
A reconstituição foi feita no km 51 da Rodovia dos Imigrantes, pista de subida, mesmo local onde o estudante foi morto. Durante a simulação, os estudantes que testemunharam o fato mantiveram o discurso de que o amigo foi morto sem esboçar qualquer reação. "No túnel, o carro do Thomas (vítima) esbarrou no veículo do policial sem qualquer intenção. Foi quando escutamos um tiro. Em seguida, o Tempra que o policial dirigia fechou o Gol em que estávamos. O policial desceu do carro e atirou contra a cabeça do Thomas, que no reflexo acelerou o veículo", detalhou o estudante Marcos Mazini.
Antes de ser preso, o policial afirmara ter agido em legítima defesa, já que o estudante teria avançado o carro contra ele, chegando até a atingi-lo na perna. Torralbo disse que o réu não tem sustentação legal para continuar bancando essa tese. Segundo ele, um laudo emitido pelo hospital militar do Presídio Romão Gomes, onde Clécio está preso desde o dia do crime, constata que não houve nenhuma lesão que pudesse ter sido provocada pelo choque com um veículo. "É mais uma prova de que ele está blefando. Essa simulação foi importante para colhermos detalhes e incriminá-lo futuramente no júri popular".
Defesa: "cliente não foi notificado" - O advogado Marcos Ribeiro de Freitas, representante jurídico de Clécio, disse que até a última terça-feira nenhuma requisição da Justiça havia chegado ao cliente, que está preso no Romão Gomes. Em função disso, afirmou que irá pedir a nulidade da reconstituição. "Vou entrar com pedido para anular a diligência. Meu cliente não foi notificado oficialmente da operação. Então, não há nenhum sentido nesta reconstituição, que só possibilitou uma versão dos fatos".
Ainda segundo o advogado, o policial foi orientado a participar da diligência. "Eu não posso obrigá-lo a participar, no entanto, pedi a ele que estivesse presente quando fosse requisitado", contou Freitas. Clécio foi denunciado por homicídio qualificado e crime praticado por motivo fútil, sem chance de defesa para a vítima. Ele pode ser condenado de 12 a 30 anos de prisão.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/367297/visualizar/
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