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Policia MT
Quarta - 07 de Novembro de 2012 às 10:09

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Jeanderson Xavier Rangel, 24 anos, confessou com detalhes como assassinou a ex-namorada, a estudante de direito Ariele Lopes Vieira, 23 anos, e o filho de apenas 4 anos. Ele se apresentou à Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) no dia 5 de novembro e, inicialmente, manifestou o interesse em falar somente em juízo. Na noite de ontem, o acusado revelou como praticou os crimes em novo depoimento.

As vítimas foram mortas a tiros no dia 1 de novembro no bairro Serra Dourada, onde moravam com a família. Segundo o acusado, ele foi até a residência da ex-namorada com a intenção de ferir somente a mulher. Porém, Ariele estava com a criança nos braços quando Jeanderson atirou e terminou sendo atingida na cabeça. O corpo do menino foi encontrado no quarto, ao lado da cama onde dormia. Já Ariele estava caída na área da casa. O acusado afirmou que o disparo no filho não fazia parte do plano.

O delegado João Bosco de Barros, que preside o inquérito, pediu a prisão preventiva do suspeito na segunda-feira, por entender que facilitaria nas investigações do duplo homicídio. Para Bosco, a segregação de Jeanderson representa segurança para as testemunhas do crime, que têm se recusado a contar o que viram por se sentirem ameaçadas pelo rapaz.

O Ministério Público, por meio da promotora Elisamara Sigles Vodonós Portela, deu parecer favorável à prisão do acusado. E a expectativa do delegado é que o mandado fosse expedido ainda na noite de ontem.

Ao se apresentar, o acusado foi acompanhado pelo advogado Paulo Roberto Gomes dos Santos, que não sabia se continuaria no caso, uma vez que "tudo tem um preço" e havia sido contratado inicialmente somente para levar o cliente até a DHPP, segundo declarou para a imprensa na porta da delegacia.

A Polícia Civil informou que Gomes não acompanhou o depoimento de Jeanderson e não compareceu à DHPP depois de deixar o cliente no local, na tarde de segunda-feira.

Desde o encontro dos corpos das vítimas, pela irmã de Ariele, a família apontava Jeanderson como o principal acusado. Na manhã dos crimes, Jeanderson ligou para o pai de Ariele, o sargento Hemilton Jorge, que atua no programa Rede Cidadã, para perguntar se ele estava em casa, pois precisava entregar um dinheiro à ex-namorada. Teria ainda combinado com o ex-sogro de encontrá-lo, mas não compareceu no serviço do sargento.

A família relatou ainda à Polícia, que um dia antes das mortes, Ariele contou que havia se encontrado e discutido com o acusado, porque ele não ajudava com as despesas financeiras do filho, que estava doente.

No dia do crime, a Polícia foi informada que Ariele estaria grávida, fato não confirmado pela família. João Bosco afirma que foi coletado material pelo Instituto Médico Legal (IML) para verificar se a vítima realmente estava grávida e esclarecer a dúvida.

Para Bosco, a frieza do acusado e a ausência dele no local do crime levantaram suspeitas, uma vez que é comum os pais comparecerem na cena do crime quando os filhos são executados. O acusado já tinha uma condenação pelo crime de roubo e cumpria pena de 7 anos em regime semiaberto.




Fonte: A Gazeta

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