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Polícia Brasil
Sexta - 19 de Novembro de 2004 às 10:53

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A polícia investiga o envolvimento de um sargento aposentado da PM no assassinato do balconista de lanchonete Waylen Júnior de Lima, de 18 anos, morto a pancadas e parcialmente carbonizado. O militar é segurança da Unirondon, onde Waylen trabalhava, e foi a última pessoa a conversar com a vítima antes de seu desaparecimento.

Waylen desapareceu no dia 29 de outubro e o cadáver foi localizado anteontem à tarde entre o muro da Unirondon e o rio Cuiabá, nas proximidades da avenida Beira Rio. A identificação ocorreu através das vestes e do tênis deixado ao lado do cadáver.

As investigações apontam que Waylen estava sendo pressionado a admitir a participação no assalto ocorrido na universidade, uma semana antes do sumiço do rapaz. Na ocasião, teria sido levado dinheiro da instituição. Dias antes do sumiço, Waylen comentou com familiares que estava sendo “pressionado a confessar aquilo que não fez”, mas não forneceu mais detalhes.

“Tudo indica que houve participação do ex-sargento e do outro segurança. Estamos tomando o depoimento dos dois em busca de provas”, informou o delegado João Bosco de Barros, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Policiais que participam das investigações disseram que assassinatos realizados por espancamento, ao contrário de crimes usando arma de fogo, eliminam a arma do crime. “São crimes praticados por profissionais que entendem um pouco de como funciona uma investigação”, disse um policial da DHPP.

Ao ser interrogado, o ex-sargento disse que duas mulheres estiveram na recepção da Universidade à procura do balconista. O militar, então, teria falado com o outro segurança para chamar Waylen. O balconista saiu para conversar com as garotas e não foi mais visto, ainda de acordo com a versão do ex-sargento. O outro segurança também negou a participação no crime.

Waylen desapareceu durante um intervalo na cantina da faculdade, onde era funcionário havia nove meses. O que chamou a atenção de familiares é que Waylen sumiu e não levou a carteira com documentos. Além disso, o balconista nunca ficava muitas horas sem entrar em contato com os pais, que moram no bairro Vila Real, nas proximidades do Ribeirão do Lipa.




Fonte: Diário de Cuiabá

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